Dólar e ações iniciam semana mais curta voltados para questões internas

Arquivado em:
Publicado Segunda, 18 de Novembro de 2019 às 10:39, por: CdB

Tanto o dólar à vista quanto o futuro chegaram a cair mais mais cedo (-0,55% e -0,63%, respectivamente, nas mínimas do dia), quando predominou otimismo em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, após a agência chinesa de notícias Xinhua informar que os dois lados mantiveram “negociações construtivas” sobre comércio.

 
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
  O dólar tinha leve queda contra o real nesta segunda-feira, depois de bater os R$ 4,20 na sessão anterior, num início de semana em que agentes financeiros monitoravam notícias sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China e uma votação do STF sobre decisão envolvendo o antigo Coaf. Na última sessão, o dólar fechou em alta de 0,16%, a R$ 4,1934 na venda, mas na máxima a cotação no mercado spot alcançou o nível psicológico de R$ 4,2000 na venda. O dólar futuro registrava queda de 0,27% nesta segunda-feira, a R$ 4,1885.
dolar-rolo-2.jpg
Moedas emergentes pares do real operavam mistas, com o rand sul-africano registrando perdas e o peso mexicano se valorizando contra o dólar
Mas tanto o dólar à vista quanto o futuro chegaram a cair mais mais cedo (-0,55% e -0,63%, respectivamente, nas mínimas do dia), quando predominou otimismo em relação às negociações comerciais entre Estados Unidos e China, após a agência chinesa de notícias Xinhua informar que os dois lados mantiveram “negociações construtivas” sobre comércio em um telefonema de alto nível no sábado. Mais tarde, contudo, a CNBC relatou que o humor em Pequim sobre um acordo comercial com os Estados Unidos é pessimista, devido à relutância do presidente norte-americano, Donald Trump, em retirar tarifas, o que diminuiu um pouco o otimismo sobre o tema.

Investidor

De toda forma, o mercado doméstico se ajusta à sessão positiva nas praças externas na sexta-feira, quando os negócios locais permaneceram fechados devido a um feriado. — O investidor foi para o risco em cima dessa possibilidade (de acordo EUA-China), reverberando movimento de sexta-feira — disse Ricardo Gomes da Silva, da Correparti Corretora. Moedas de risco tinham desempenho misto, inclinadas mais para o negativo, com dólar australiano, peso mexicano e rand sul-africano em baixa e lira turca em leve alta. O peso chileno, rondando mínimas recordes, tornava a se desvalorizar.

Relatórios

No cenário doméstico, segundo Gomes da Silva, estava no radar dos investidores o julgamento do plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre uma decisão que determinou o envio à corte de relatórios elaborados pelo antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), atual Unidade de Inteligência Financeira do Banco Central. O presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, havia determinado que o BC enviasse à corte todos os Relatórios de Inteligência Financeira (RIF) e das Representações Fiscais para Fins Penais (RFFP) realizados nos últimos três anos, medida que pode colocar em risco informações privadas de mais de 600 mil pessoas. — Como é polêmico, não há previsão de encerramento do tema no STF — comentou Gomes da Silva.

Ibovespa

O Ibovespa avançava na manhã desta segunda-feira, em meio a ajustes ao movimento dos ADRs na última sexta-feira, em sessão também marcada pelo vencimento dos contratos de opções sobre ações e forte alta das ações da Marfrig após a empresa elevar participação na norte-americana National Beef. Às 10h52, o Ibovespa subia 0,67 %, a 107.274,34 pontos. O volume financeiro somava R$ 2,58 bilhões. A equipe da Ágora Investimentos ressaltou em nota enviada a clientes mais cedo que na última sexta-feira, quando a bolsa brasileira permaneceu fechada em razão de feriado nacional, os índices acionários nos Estados Unidos renovaram máximas históricas. Nesta manhã, o futuro do S&P 500 seguia em alta com expectativas positivas sobre as negociações comerciais entre os EUA e a China, após a agência estatal chinesa Xinhua noticiar que os dois países mantiveram “negociações construtivas” sobre comércio em um telefonema de alto nível no sábado. Do cenário doméstico, a Ágora chama a atenção para a semana mais curta para a bolsa brasileira, com feriado na quarta-feira na cidade de São Paulo, bem como para o vencimento das opções que acontece na primeira etapa da sessão, que deve contribuir com volatilidade. O retorno do feriado ainda tinha de pano de fundo comentários do UBS mudando sua recomendação para ações em mercados emergentes de ‘underweight’ para neutra, bem como do Morgan Stanley, que alterou sua avaliação para tais ativos para ‘equal weight’ ante ‘underweight’.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo