Dólar fecha cotada a R$ 2,837, em alta de 0,17%

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Publicado segunda-feira, 13 de outubro de 2003 as 17:23, por: CdB

O dólar comercial interrompeu nesta segunda-feira uma seqüência de sete baixas consecutivas e fechou em alta de 0,17%, cotado a R$ 2,835 na compra e R$ 2,837 na venda. A segunda-feira foi de negócios reduzidos, devido ao feriado americano do Dia de Colombo. A restrição de negócios em Wall Street acabou por reduzir a liquidez dos negócios no Brasil, além de conter as oscilações da moeda americana.

Apesar da alta, o fluxo cambial ficou positivo por todo o dia, graças às vendas promovidas por exportadores. A pressão de compra foi atribuída à ação de credores do Banco Central (BC) em uma dívida de US$ 1,1 bilhão que vence na quarta-feira.

Desta vez a dívida será totalmente liquidada, já que o BC identificou baixíssima demanda do mercado por proteção cambial. Aos credores do dinheiro a ser liberado interessa manter o dólar mais elevado amanhã, quando será definida cotação de referência para corrigir a dívida do governo.

Analistas avaliam que o dólar deverá continuar abaixo dos R$ 2,85 nos próximos dias, já que não há fator previsível que inverta a tendência naturalmente. Nem mesmo as compras de dólares efetuadas pelo Banco do Brasil e a não-renovação de dívidas cambiais têm sido eficazes para conter as quedas da cotação. A queda é resultado da combinação entre fluxo cambial positivo e baixa procura por ”hedge” (proteção).

— O dólar só não caiu hoje devido à pressão pela Ptax. A tendência é claramente de baixa, já que o fluxo cambial é positivo — disse um profissional de uma grande tesouraria.

Os ingressos vêm de captações externas e exportações, ou chegam ao país para aplicação no próprio mercado. Um dos destaques do dia foi a divulgação do superávit de US$ 611 milhões da balança comercial na segunda semana de outubro, que levou o acumulado do ano para US$ 18,8 bilhões.

Ao contrário do que ocorreu no mercado de câmbio, a segunda-feira foi novamente de baixas no mercado futuro de juros, que já opera aguardando a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), na próxima semana. O Depósito Interfinanceiro (DI) de novembro, que projeta a taxa Selic deste mês, ficou em 19,20% ao ano, contra 19,23% do fechamento de sexta-feira. O DI de abril de 2004, o mais negociado, recuou de 17,78% para 17,71% anuais.

A taxa Selic é nesta segunda é de 20% ao ano. A expectativa dos investidores é que o Copom promova um corte entre 1 e 1,5 ponto percentual na taxa básica na próxima semana. Para isso, conta com a expectativa do mercado de inflação controlada e com as baixas do dólar.