As acusações do MP-RJ apontam que Carvalho Vargas, presidente de uma ONG chamada Instituto Brasileiro da Transparência e Cooperação, teria cobrado do prefeito, inicialmente, a quantia de R$ 80 mil.
Por Redação – de Resende-RJ
O advogado Marcelo Tavares e o professor de Educação Física José Luiz de Carvalho Vargas seguiam presos neste sábado, após detidos, na véspera, como suspeitos por uma tentativa de extorsão do prefeito de Itatiaia, Eduardo Guedes, o Dudu (MDB). A prisão de ambos ocorreu no cumprimento de um mandado de prisão preventiva, expedido pelo Ministério Público Estadual (MP-RJ), que investigou o caso. Ambos recorreram, com um pedido de habeas corpus, ainda em tramitação na Justiça.

As acusações do MP-RJ apontam que Carvalho Vargas, presidente de uma ONG chamada Instituto Brasileiro da Transparência e Cooperação, teria cobrado do prefeito, inicialmente, a quantia de R$ 80 mil. O dinheiro seria destinado a calar a instituição, frente uma grave ocorrência que resultaria em um processo judicial.
Contratações
Segundo investigou o MP, a ação “custaria milhões de reais à Prefeitura de Itatiaia”. O delegado titular da 99ª DP (Itatiaia), Vicente Maximiliano, conduz o caso.
O valor, na suposta tentativa de extorsão, posteriormente, fora acrescido para R$ 200 mil. A referida ONG teria levantado possíveis irregularidades em contratações emergenciais feitas pela prefeitura.
Quando José Luiz procurou a Prefeitura de Itatiaia, os representantes do poder público simularam interesse na negociação e levaram o caso ao conhecimento do Ministério Público. os encontros de representantes da prefeitura com o chantagista foram gravados por câmeras de segurança, com acompanhamento pelo MP-RJ, o que resultou em vídeos que mostram a entrega de dinheiro, caracterizando o suposto crime e abrindo caminho para o pedido de prisão preventiva.
Ações populares
O advogado Marcelo Tavares, que foi preso preventivamente junto com José Luiz, é autor de diversas ações populares contra autoridades da região das Agulhas Negras. Entre os alvos de processos, estão o ex-prefeito de Resende, José Rechuan e diversos vereadores resendense. Aparentemente, ele teria procurado chantagear diversas dessas autoridades.
Procurada pela reportagem do Correio do Brasil; a defesa dos acusados não foi localizada a tempo, até o fechamento desta matéria