O presidente da Petrobras, José Eduardo Dutra, defendeu, em entrevista coletiva na sede da empresa no Rio, que a estatal tenha “compensação financeira” do governo, caso os critérios utilizados para determinar a localização da nova refinaria forem políticos.
O comentário de Dutra foi uma respota à afirmação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, feita na última quarta-feira (30) no Rio, de que a escolha do estado para a instalação da nova refinaria prevista pela Petrobras terá que ter “pitadas de interesse político” para o governo federal.
– Se vai haver uma decisão do governo federal sobre esta questão e essa decisão afetar a Petrobras, haverá a necessidade de defender a empresa do ponto de vista econômico, concedendo a ela uma compensação financeira -, afirmou Dutra, ao anunciar o Plano Estratégico da estatal previsto para o período entre 2003 e 2007.
Segundo ele, 11 estados estão na disputa pela refinaria. Os investimentos para a unidade não estão previstos no plano estratégico para até 2007.
– Pelas nossas estimativas, acreditamos que ela caiba no mercado a partir de 2008 -, afirmou.
O diretor de Abastecimento da Petrobras, Rogério Manso, já havia afirmado na semana passada que a unidade terá capacidade para 150 mil barris por dia e, devido a sua elevada complexidade tecnológica, deverá receber investimentos de US$ 2 bilhões, o dobro do necessário para uma refinaria do mesmo porte em moldes tradicionais.