Éder Jofre gostaria de ser convidado para dar conselhos a Acelino ‘Popó’ Freitas, a quem respeita como grande campeão.
– Tenho uma amizade boa com Popó, mas não me sinto à vontade para aconselhá-lo. Afinal, ele tem técnico. Se pudesse, adoraria pedir-lhe para ter cuidado. Até treinaria com ele, fazendo luvas. Popó tem um defeito grave. No ímpeto de tentar vencer por nocaute está baixando a guarda. Se ele leva um contragolpe mais na ponta do queixo, pode ser nocauteado – disse.
Jofre torce pela nova estrela do boxe brasileiro, e está satisfeito por não vê-lo mais com problemas para perder peso às vésperas das lutas, como nos tempos em que o baiano era superpena.
– Sei bem o que é isso. Eu sofria muito, tendo de vestir agasalho de plástico e lã para perder uns gramas – afirma o ex-campeão mundial dos penas e dos galos, considerado um dos dez melhores pugilistas da história por uma revista americana especializada.
Para o outro boxeador brasileiro campeão do mundo, Miguel de Oliveira, Acelino Freitas ainda precisa evoluir.
– Quando vai para cima, Popó fica vulnerável. Ele ataca com vontade, garra e raça, mas peca por se expor. Popó precisa dosar essa vontade – opina.
Segundo o ex-campeão dos meio-médios-ligeiros, ainda não é possível comparar Acelino com Éder Jofre.
– Éder boxeava muito fechado. Ele parecia um caramujo. Só o vi ser derrubado uma única vez, em Brasília. Popó já caiu por mais vezes – diz Miguel.
Éder Jofre gostaria de aconselhar Popó
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Publicado terça-feira, 6 de janeiro de 2004 as 02:26, por: CdB