Os EUA vêm alertando os aliados contra o uso dos equipamentos da empresa chinesa, que diz que apresenta um risco à segurança.
Por Redação, com Reuters – de Dubai/Washington
A empresa de telecomunicações dos Emirados Árabes Unidos (EAU) não viu evidências de problemas com a segurança da tecnologia 5G da Huawei, disse o vice-presidente de tecnologia da empresa, Saleem Albalooshi, à agência inglesa de notícias Reuters no domingo.

– A Huawei é nossa parceira na implantação de nossa rede 5G … Do ponto de vista de segurança … temos nossos próprios laboratórios nos Emirados Árabes Unidos e visitamos os laboratórios deles … não vimos nenhuma evidência de que haja falhas de segurança especificamente no 5G – disse Albalooshi.
Os EUA vêm alertando os aliados contra o uso dos equipamentos da empresa chinesa, que diz que apresenta um risco à segurança.
A Huawei negou repetidamente as alegações dos EUA, que foram levantadas no início deste mês durante uma visita do presidente da Comissão Federal de Comunicações, Ajit Pai, à Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Bahrein, que usam equipamentos da Huawei.
Quando perguntado sobre a ameaça dos EUA de impedir o compartilhamento de informações de inteligência com países que usam equipamentos da Huawei, Alabooshi disse que é uma preocupação.
– É claro que isso é, definitivamente, uma preocupação. Mas isso é uma decisão do governo. Seguimos as linhas do nosso governo e somos governados pelo órgão regulador – afirmou.
Hackers iranianos
Um grupo de hackers que parece estar vinculado ao governo iraniano realizou ataques contra a campanha presidencial nos EUA, informou a Microsoft na última sexta-feira.
A Microsoft viu uma atividade cibernética significativa do grupo, que também teve como alvo funcionários atuais e antigos do governo norte-americano, além de jornalistas que cobrem política global e iranianos proeminentes que vivem fora do Irã, afirmou a empresa.
Num período de 30 dias entre agosto e setembro, o grupo, apelidado de “Phosphorous” pela empresa, fez mais de 2.700 tentativas de identificar contas de email de usuários de clientes específicos e depois atacou 241 dessas contas.
“Quatro contas foram comprometidas como resultado dessas tentativas; essas quatro contas não estavam associadas à campanha presidencial dos EUA ou a funcionários atuais e antigos do governo dos EUA”, afirmou a empresa. “A Microsoft notificou os clientes ligados às investigações e ameaças e trabalhou conforme solicitado com aqueles cujas contas foram comprometidas”.
A Microsoft não identificou a campanha eleitoral cuja rede era alvo dos hackers. Dezenove democratas estão buscando a indicação de seu partido para concorrer contra o presidente republicano Donald Trump nas eleições de novembro de 2020.
O governo iraniano não fez nenhum comentário imediato por meio da mídia estatal sobre a declaração da Microsoft.
O diretor do FBI Christopher Wray disse que a proposta do Facebook de criptografar seu serviço de mensagens transformaria a plataforma em realidade o sonho de predadores e consumidores de pornografia infantil.
Wray, dirigindo-se a uma multidão de autoridades policiais e de proteção à criança no Departamento de Justiça em Washington, disse que o plano do Facebook produziria “um espaço sem lei criado não pelo povo americano ou seus representantes, mas pelos proprietários de uma grande empresa.”
O Facebook pretende adicionar criptografia em vastas áreas de comunicação em sua plataforma.
Seu discurso, que aconteceu antes de um pronunciamento sobre o mesmo tópico do procurador-geral William Barr, aumenta a pressão no Facebook, conforme os EUA e os governos aliados renovam seu esforço para enfraquecer as proteções digitais em torno das mensagens que bilhões de pessoas trocam todos os dias.
A segunda autoridade mais importante do Departamento de Justiça estimou que as informações dadas às autoridades sobre possíveis explorações de crianças podem cair em até 70% se o Facebook criptografar seu serviço de mensagens.
O Facebook relatou que recebeu 16 milhões de informações sobre exploração infantil no ano passado, disse o vice-procurador-geral Jeffrey Rosen. Por outro lado, a Apple, que já usa criptografia de ponta a ponta em seu messenger, relatou 43 informações recebidas no ano passado.
– Devemos assumir que a Apple magicamente administrou plataformas livres de exploração infantil? Rosen perguntou. “Ou será que as empresas com criptografia de ponta a ponta não conseguem ver atividades ilícitas prejudiciais que estavam ocorrendo nessas plataformas e optam por olhar para outro lado implantando a criptografia?”