Enchentes recuam, mas França continua em alerta

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado quinta-feira, 4 de dezembro de 2003 as 08:52, por: CdB

As enchentes que mataram cinco pessoas e levaram outras 15 mil a deixar suas casas no sudeste da França recuaram na cidade de Marselha hoje, mas a situação continuava crítica em outras regiões. As atenções estão concentradas agora na área produtora de vinhos mais a oeste, perto do rio Herault, cujo nível subia em meio a chuvas torrenciais e ventos fortes.

Um ministro de governo relacionou diretamente as enchentes ao aquecimento global. “Em relação a Marselha e ao estuário do Rhône, o pior já passou. Mas ao redor do Herault a catástrofe continua”, afirmou o vice-ministro das Relações Exteriores, Renaud Muselier, ao canal France 2. “Parece claro que o clima está mudando”, disse ele ao explicar as enchentes que atingem a região pelo segundo ano consecutivo. Em setembro de 2002, a área de Gard foi vítima de enchentes parecidas.

O presidente da França, Jacques Chirac, anunciou na quarta-feira que o governo destinou US$ 14,5 milhões para ajuda imediata. Muselier prometeu que o governo garantirá indenização rápida pelos danos causados pela enchente. As chuvas e os ventos provocaram transtornos no trânsito por estradas, trens e aviões. Quatro reatores nucleares foram fechados porque as enchentes no rio Rhône e seus tributários, entre as cidades de Lyon e Marselha, transformaram a região em uma área de desastre. Autoridades disseram que o nível do rio está abaixando gradativamente após ter atingido recordes de alta na quarta-feira.

Chirac sobrevoou as regiões inundadas. Ele parou perto da cidade de Valabre, entre Marselha e Aix-en-Provence, e encontrou-se com bombeiros. “Diante desta catástrofe, meus pensamentos estão com as vítimas e com aqueles que perderam tudo”, declarou Chirac.

Montpellier, a oeste de Marselha, ficou praticamente isolada do resto da França.