Enquanto EUA brigam, Cuba é solidária na passagem do furacão

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Publicado Domingo, 10 de Setembro de 2017 às 14:26, por: CdB

“Aqui em Cuba o sentido de solidariedade e responsabilidade com a sociedade é tamanha que, com a passagem do furacão Irma, até golfinhos foram retirados, para locais seguros”, disse um cidadão cubano.

 

Por Redação, com correspondentes - de Havana

 

As cenas de norte-americanos brigando por um litro de gasolina ou um galão de água se multiplicavam, horas antes de o furacão Irma chegar à Flórida, contrastam com o ambiente de solidariedade que tomou conta do povo cubano, após a devastação promovida na ilha.

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Em Havana, capital de Cuba, a solidariedade do povo impediu que o furacão Irma causasse mais estragos

“Aqui em Cuba o sentido de solidariedade e responsabilidade com a sociedade é tamanha, que com a passagem do furacão Irma, até golfinhos de áreas que seriam atingidas fortemente foram evacuados (de helicóptero), para locais seguros. Podemos não ter todos os bens materiais que gostaríamos, mas aqui não deixaremos que se perca nenhuma vida!”, comentou um dos funcionários de um aquário na localidade de Cayo Guillermo.

Cuba solidária

Em uma rede social, outro cubano relata que “a população da Flórida foge de Irma. Em sua fuga, a gasolina se esgota e as vias públicas se paralisam pela quantidade de carros. Na sua fuga, movida por combustível fóssil, garantem que venham mais furacões ainda maiores”.

“Em Cuba, pequena ilha bloqueada e solidária, de imediato se formam as brigadas de trabalho, que são a forma organizada de defender o outro, o vizinho, o irmão, o desconhecido. Alguns põem a comida e os medicamentos de todos a salvo; outros se ocupam de fazer a manutenção dos esgotos para mitigar as inundações; as árvores são podadas para que os ramos não sejam projéteis assassinos; se ocupam de levar as pessoas para abrigos e instalações militares seguras. Diante do perigo coletivo, o plural é a resposta.

“A ira de Irma encontra um povo, por amor e por dever reunido. Antes de morrer, a irma saberá que a sua raiva é inútil quando há um muro de corações que se juntam”, afirma Sergio Serrano, no microblog Twitter (@Cubanamera).

A força dos ventos atingiu mais de 200 quilômetros por hora; nenhuma morte foi registrada durante a passagem do Irma.

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