Escândalo de corrupção no PSDB chega ao Congresso e atinge ex-governadores

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Publicado Domingo, 24 de Fevereiro de 2019 às 14:11, por: CdB

“Paulo Preto e as operações tucanas em SP O caso é escandaloso: R$ 132 milhões encontrados em contas na Suiça. O engenheiro das grandes obras tucanas vai e volta para a prisão e o caso se estende. Os tucanos e Doria devem explicações destas movimentações financeiras duvidosas”, escreveu o deputado Ivan Valente.

 
Por Redação - de Brasília
  O escândalo de corrupção que atinge o que restou do PSDB, em âmbito nacional, será alvo de questionamento por parte dos parlamentares, segundo adiantou o deputado federal Ivan Valente (PSOL-SP). Ele cobrou neste domingo, em uma rede social, explicações dos tucanos sobre a conta com saldo de R$ 132 milhões controlado pelo operador da legenda, o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto.
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Paulo Preto, mais uma vez, foi preso por envolvimento com a corrupção no PSDB
“Paulo Preto e as operações tucanas em SP O caso é escandaloso: R$ 132 milhões encontrados em contas na Suiça. O engenheiro das grandes obras tucanas vai e volta para a prisão e o caso se estende. Os tucanos e Doria devem explicações destas movimentações financeiras duvidosas”, escreveu o parlamentar no Twitter.

Patrimônio

Paulo Preto, ligado aos ex-governadores José Serra e Geraldo Alckmin, chegou a dizer que a conta era o que ele chamava de "conta ônibus", ou seja, de vários titulares. Líderes tucanos, como Aloysio Nunes Ferreira, entre outros, teriam usufruído do dinheiro sujo. A força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, apurou que o ex-chanceler Aloysio Ferreira recebeu um cartão de crédito ligado à conta de Paulo Preto. O fato significa, segundo os investigadores, que os recados do ex-diretor da Dersa podem não ser apenas ameaças. Paulo Preto, em vias de falar à Justiça, em uma delação premiada, criou uma empresa para absorver seu patrimônio em imóveis e outros bens, entre eles um iate. Investigadores da operação Lava Jato acreditam que essa seja uma manobra para blindar sua fortuna de possíveis confiscos determinados pela Justiça.

Na prisão

O operador é apontado pela Lava Jato como intermediário da empreiteira Norberto Odebrecht S.A. junto à cúpula tucana, em São Paulo. Ainda em 2014, ano que teve início a Operação Lava Jato, Paulo Preto fundou junto a P3T Empreendimentos, empresa que absorveu seu patrimônio, em sociedade com a ex-mulher, Ruth Arana,. Engenheiro e responsável pelas obras do Rodonanel, nos governos tucanos de São Paulo, o ex-diretor da Dersa (estatal paulista de obras viárias) atuou de 2005 a 2010, nos governos de Geraldo Alckmin (PSDB), Cláudio Lembo (DEM) e José Serra (PSDB). Paulo Preto está preso desde a última terça-feira.
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