As autoridades israelenses prolongaram, por mais seis meses as restrições que impedem o espião atômico Mordejai Vanunu de sair do país e se reunir com cidadãos estrangeiros, informou a rádio pública israelense. O chefe da Retaguarda do Exército israelense informou ao advogado de Vanunu a negativa ao pedido para o fim das limitações impostas a seu cliente desde sua saída da prisão.
Vanunu foi posto em liberdade há dois anos e, de acordo com a nota entregue ao advogado, sua proibição de sair do país e de se reunir com estrangeiros foi ampliada por seis meses. O espião atômico passou 18 anos preso por revelar segredos atômicos de Israel, após ser seqüestrado por agentes dos serviços secretos israelenses que operam no exterior (Mossad) na Itália e de ser julgado por um tribunal local.
A informação e as fotografias fornecidas nos anos 80 a um jornal de Londres sobre o reator nuclear de Dimona, onde trabalhou durante 11 anos, expuseram o poderio atômico de Israel, segundo os analistas.