A informação consta no levantamento feito pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), no Livro Azul da Infraestrutura de 2021, com projetos formulados pelos governos federal e estaduais e pelas capitais voltados à iniciativa privada.
Por Redação, com ACSs – de São Paulo
Ao menos 11 Estados e cinco capitais brasileiras já planejam ou executam projetos para geração de energia elétrica, a maioria em plantas solares, voltados ao consumo próprio de seus prédios e de serviços públicos. Com o aumento da conta de luz e da busca por iniciativas sustentáveis, o movimento reforça uma tendência observada também nas residências, que intensificaram as buscas pela produção alternativa.
A informação consta no levantamento feito pela Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib), no Livro Azul da Infraestrutura de 2021, com projetos formulados pelos governos federal e estaduais e pelas capitais voltados à iniciativa privada.
O aumento no número de projetos também ocorre num contexto de ‘corrida’ por benefícios, uma vez que subsídios para fontes renováveis e geração distribuída passam por um momento de estreitamento. Por lei que entrou em vigor neste ano, subsídios criados para incentivar o desenvolvimento das fontes renováveis serão enxugados a partir de março de 2022.
Transição
Quanto à geração distribuída, o Congresso discute atualmente um projeto que estanca o crescimento de benesses para quem produz a própria energia. As iniciativas nos Estados e capitais devem envolver cerca de R$ 1 bilhão em investimentos. O número tem potencial de ser muito maior, já que apenas sete gestões informaram os recursos previstos nos projetos.
Um dos planos mais volumosos em termos de investimento é gestado em Pernambuco, que prevê a injeção de R$ 182 milhões numa parceria público-privada (PPP) para geração de energias mais limpas voltadas ao consumo de unidades da administração estadual. O objetivo do projeto é otimizar ganhos econômicos e de eficiência da gestão, além de permitir a utilização de energias limpas e incentivar a realização de investimentos no setor.
De acordo com o presidente executivo da Abdib, Venilton Tadini, os planos nos Estados mostram um esforço do programa de infraestrutura brasileiro em se voltar cada vez mais ao movimento de transição energética.
— Talvez seja o País que mais esteja voltado nesse momento para a transição energética, do ponto de vista do crescimento da infraestrutura — concluiu.