De acordo com a prefeitura, houve uma mudança de estratégia, já que o número de imunizados na zona norte ficou abaixo da meta de 2 milhões de pessoas
Por Redação, com ABr - de São Paulo:
A prefeitura de São Paulo interrompeu a vacinação contra a febre amarela em postos de saúde da Zona Norte da cidade, área que oferece risco de surto da doença devido à proximidade com corredores ecológicos. Apenas duas unidades da região (Vila Palmeiras e Tucuruvi) continuam vacinando pessoas que vão viajar.
De acordo com a prefeitura, houve uma mudança de estratégia; já que o número de imunizados na Zona Norte ficou abaixo da meta de 2 milhões de pessoas. No total, foram vacinados 1,3 milhão de pessoas, o correspondente a 58% dos moradores dessa região.
A Zona Norte foi a primeira região de São Paulo a receber a campanha de vacinação; em setembro do ano passado. Na primeira semana, as unidades de saúde chegaram a vacinar 450 mil pessoas; número que caiu para 45 mil no final de novembro.
Nova estratégia
Nesta semana, a prefeitura informou que iniciará um levantamento, feito de casa em casa; para indicar quem são os moradores que ainda não receberam a vacina e quais os bairros com menor cobertura. “Em seguida, será definida a estratégia para a vacinação do público restante, que deverá começar nos próximos dias de forma escalonada”; informa a nota da administração municipal.
Casos no Brasil
O Ministério da Saúde (MS) divulgou, na terça-feira; dados atualizados sobre a ocorrência da febre amarela no país. Desde o dia 23, quando foi apresentado o último balanço; foram mais 83 casos de febre amarela, sendo que 28 vieram a óbito.
Ao todo, entre os dias 1º de julho de 2017 e 30 de janeiro de 2018, foram confirmados 213 casos de febre amarela no país e 81 mortes. A pasta também detalhou que 1.080 casos suspeitos foram analisados; sendo que 432 foram descartados e 435 continuam em investigação.
A circulação do vírus da febre amarela em áreas mais amplas do que vinha sendo observado nos anos anteriores; incluindo cidades com maior concentração de pessoas; tem gerado preocupação na população e busca por vacina em postos de saúde. Por isso, o governo federal decidiu a antecipar a campanha de imunização; com doses fracionadas, no Rio de Janeiro e em São Paulo.
No entanto, o número de casos entre julho de 2016 e janeiro de 2017 foi maior que o que tem sido observado. Segundo o ministério, naquela época foram 468 casos confirmados e 147 óbitos.
Para viabilizar ações de combate à doença, a pasta se comprometeu a encaminhar aos estados R$ 54 milhões. Do total, já foram repassados R$ 15,8 milhões para São Paulo e R$ 30 milhões para Rio de Janeiro; onde na segunda-feira, o número de mortes pela doença chegou a nove, conforme informou a Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde.