O esforço dos Estados Unidos para convencer seus aliados do G8 de que a expansão da economia norte-americana pode ser um alicerce para o crescimento global foi obscurecido pelos temores europeus sobre o terrorismo e os altos preços do petróleo.
Na medida em que os líderes do G8 avançavam no dia final da cúpula dominada pelo tema de como levar o Iraque a um futuro melhor, autoridades norte-americanas disseram que o presidente George W. Bush procurou ressaltar que a expansão dos EUA é a mais robusta desde os anos 1970 devido ao corte de impostos e reformas que poderiam ser um exemplo para a Europa.
Mas além da percepção de que a alta dos preços do petróleo é “um assunto que precisa ser acompanhado”, houve uma considerável preocupação sobre potenciais ataques terroristas, incluindo instalações petrolíferas no Oriente Médio.
“Um número de pessoas (…) levantaram a questão do terrorismo e como o terrorismo é um risco para a economia global e para o crescimento global”, disse uma autoridade norte-americana em uma entrevista. O funcionário acrescentou que as preocupações se centraram na “incerteza crescente” causada pelos temores sobre o terrorismo.
O tradicional comunicado do G8 sobre as perspectivas econômicas deixou de ser feito já que os líderes preferiram oferecer comunicados específicos sobre livre comércio e redução da pobreza –temas que tinham sido acertados antes do início da cúpula.
A preocupação expressa pelos líderes europeus no G8 reflete o nexo entre os esforços para estabilizar o Iraque e aliviar as tensões no Oriente Médio e manter a recuperação global nos trilhos.
“Alguns focaram nos riscos do terrorismo contra o petróleo diretamente, mas outros apenas apontaram para os riscos do terrorismo em termos gerais”, disse a autoridade norte-americana.
O G8 é formado pelos EUA, Grã-Bretanha, França, Alemanha, Itália, Japão, Canadá e Rússia.