Os Estados Unidos, que no mês passado acusaram Pequim de abusos dos direitos humanos, afirmaram nesta quinta-feira que não pretendem pedir ao órgão de direitos humanos da ONU que censure a China em sua reunião deste ano.
– Houve melhoras. Vimos progresso em algumas das coisas nas quais estamos trabalhando (com os chineses) – disse uma porta-voz dos EUA na reunião de seis semanas em Genebra, sem dar detalhes.
Os Estados Unidos tentaram na reunião do ano passado da Comissão da ONU sobre Direitos Humanos aprovar uma moção crítica a Pequim, mas não conseguiram. Os EUA, que buscam regularmente repreender a China na reunião anual da comissão, também optaram por não tomar nenhuma medida contra Pequim há dois anos, argumentando na época que houve uma suavização na política chinesa.
Entretanto, no mês passado, em sua revisão anual do respeito aos direitos humanos em todo o mundo, o Departamento de Estado dos EUA acusou a China de usar a guerra global contra o terrorismo para reprimir opositores pacíficos e de cometer outros abusos contínuos.
O relatório provocou uma irritada resposta da China, que acusou Washington de interferir em seus assuntos internos.