Europa se une e condena atentados em Madrid

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Publicado quinta-feira, 11 de março de 2004 as 10:32, por: CdB

Os líderes da União Européia (UE) condenaram duramente os atentados de manhã desta quinta-feira em Madri, nos quais morrertam mais de 170 pessoas. As autoridades espanholas ainda não descartam uma ação do ETA, grupo separatista basco classificado como organização terrorista pela UE e os EUA, que apontou uma “célula de resistência árabe” como responsáveis pela ação .

O presidente do Parlamento Europeu, , Pat Cox, disse que os ataques “eram o pior ato de terrorismo na História da Espanha e o pior ato de terrorismo na memória de cada Estado da União Européia (UE)”.

O chefe da política exterior da União Européia (UE), o espanhol Javier Solana declarou que “cada europeu, cada pessoa que preza a democracia, tem que condenar estas pessoas que querem interferir na campanha eleitoral, causando sofrimento para centenas de pessoas, deixando famílias destroçadas, sem qualquer objetivo”.

A França, cuja fronteira com a Espanha também é alvo de ação do ETA, manifestou solidariedade com o povo espanhol.

– Estes atos irresponsáveis, que não podem ter qualquer justificativa, devem ser totalmente condenados. Nesta circunstância estarrecedora, eu ofereço as minhas mais sinceras condolências, em meu nome e em nome do povo francês – disse o presidente francês, Jacques Chirac.

O primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Tony Blair, pediu cooperação internacional na luta contra o terrorismo global.

– Os terríveis ataques evidenciam a ameaça terrorista que ainda enfrentamos em muitos países e por que devemos trabalhar juntos em nível internacional para proteger nossos povos contra estes ataques e derrotar o terrorismo – disse Blair, durante uma reunião de gabinete em Londres.

Poucos antes, o chanceler britânico condenou os atentados, classificando-os como um ataque à democracia.

– Estas atrocidades são um assalto repugnante ao princípio da democracia européia. Nós nos colocamos ombro a ombro com o povo e o governo espanhóis em sua luta contra este tipo de terrorismo – afirmou o ministro das Relações Exteriores da Grã-Bretanha, Jack Straw.