Ex-congressista quer processo contra Clinton

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Publicado Segunda, 12 de Abril de 2004 às 20:00, por: CdB

O ex-congressista republicano dos Estados Unidos Bob Barr tentou reabrir um processo de US$ 30 milhões contra o ex-presidente Bill Clinton, o assessor James Carville, e o editor de revistas eróticas Larry Flint, a quem acusou de querer difamá-lo.

Um tribunal federal rejeitou o processo em março de 2003 por considerá-lo fora de hora, já que a suposta conspiração tinha ocorrido há mais de três anos. Por isso foi alegado que tinha transcorrido um prazo maior ao permitido para apresentação da demanda.

Durante uma audiência num tribunal de apelações em Washington, o ex-congressista da Geórgia reiterou que os três trabalharam em conivência para difamá-lo, mediante a divulgação de informação sobre sua vida particular na revista de pornografia "Hustler", em 1999.

Segundo Barr, essa tentativa de difamação foi em represália porque ele foi um dos mais fortes defensores de um julgamento político contra Clinton por mentir sobre sua relação com a ex-estagiária da Casa Branca Mônica Lewinsky.

Os advogados de Barr apontam que o processo, apresentado em 2002, estava dentro do prazo permitido pela lei, embora a suposta conspiração de Clinton, Carville e Flynt teria ocorrido antes da divulgação do artigo. O escrito publicado pela revista de Flynt incluía acusações da ex-esposa de Barr sobre uma suposta relação amorosa do ex-congressista em meados da década de 80.

Barr alega que o analista político Carville entregou a Flynt alguns documentos que o FBI guardava sobre o ex-congressista, além de outros, como parte de uma campanha de difamação. Flynt afirma que a informação utilizada por ele em sua revista foi obtida através de um detetive particular e de documentos do divórcio de Barr.

Os advogados de Barr não apresentaram ao tribunal provas diretas da aparente participação de Clinton na suposta conspiração, além de citar um artigo de imprensa no qual o ex-governante americano zombava dos esforços de Flynt para obter informação sobre os encarregados de seu julgamento político.

A advogada de Clinton, Suzanne Woods, advertiu que se os juízes aprovarem a indenização de US$ 30 milhões por como foi obtida a informação sobre Barr, isto abriria a porta a mais processos de funcionários públicos contra os meios de comunicação no país.

Enquanto isso, um advogado de Carville disse as acusações contra o ex-assessor político são um "absoluto estrume".

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