O Parlamento do Camboja ratificou nesta segunda-feira, por unanimidade, o acordo alcançado com a ONU para julgar os ex-dirigentes do Khmer Vermelho em um tribunal internacional por genocídio e crimes contra a humanidade.
Votaram a favor os 107 deputados presentes na sessão, das 123 cadeiras da Câmara Baixa, incluindo os parlamentares do Partido de Sam Rainsy, o único na oposição.
O chefe de Estado interino, Chea Sim, deverá rubricar imediatamente o acordo, o que permitirá começar a organizar e montar em Phnom Penh o tribunal no qual o Khmer Vermelho será julgado.
Segundo os últimos estudos da Universidade de Yale, cerca de 1,7 milhão de pessoas morreram durante o tempo em que Pol Pot e seu Khmer Vermelho (1975-79) governaram o país.
Pol Pot morreu em 1998 e com ele o Khmer Vermelho, mas ainda vivem no Camboja vários dos antigos membros da cúpula dessa organização maoísta, como Nuon Chea, Khieu Samphan e Ieng Sary. Nuon Chea, Khieu Samphan e Ieng Sary foram alguns dos muitos khmeres vermelhos que depuseram as armas em troca do perdão. Por isso, hoje vivem no país como homens livres.
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
Ex-dirigentes do Khmer Vermelho serão julgados
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Publicado Segunda, 04 de Outubro de 2004 às 01:34, por: CdB
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