Excesso de confiança leva Temer a pautar Previdência na semana que vem

Arquivado em:
Publicado Quarta, 06 de Dezembro de 2017 às 13:41, por: CdB

O deputado Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), relator da reforma da Previdência, disse nesta quarta-feira que existem no momento entre 290 e 310 votos a favor da Proposta de Emenda à Constituição.

 

Por Redação, com Reuters - de Brasília

 

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência será votada na próxima terça-feira na Câmara dos Deputados. É o que prevê o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS). Ele é um dos vice-líderes do governo do presidente Michel Temer na Casa. Mas, segundo apurou a reportagem do Correio do Brasil, a mudança dos parâmetros na Previdência Social está longe da unanimidade no PSDB.

perondi-previdencia.jpg
O deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), vice-líder do governo Temer, mostra sua confiança em votar a reforma da Previdência

— Sem o PSDB não tem reforma — adiantou o presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia, a jornalistas.

Ao Senado

Após participar de café da manhã com Temer e líderes da base aliada, o relator da PEC, Arthur Oliveira Maia (PPS-BA), saiu otimista. Acredita que existam entre 290 e 310 votos favoráveis à reforma. Também vice-líder do governo, o deputado Beto Mansur (PRB-SP), que também participou do encontro, assim como Perondi, colocou o tamanho do apoio à PEC em cerca de 260 votos.

Há parlamentares, no entanto, que imaginam cerca de 130 votos prováveis. Outros, nem 80. Ao todo, são necessários 308 votos, dos 513 deputados em dois turnos de votação na Câmara dos Deputados. Uma vez aprovada a PEC da reforma da Previdência, será necessário, ainda, encaminhar a matéria ao Senado.

Sem acordo

Nesta manhã, para desespero de Temer e seus parceiros no Planalto, a Executiva Nacional do PSDB informou que o encontro da legenda sequer iria discutir um eventual fechamento de questão do partido em favor da nova versão da reforma da Previdência.

De acordo com o comunicado do partido, o presidente interino do PSDB, Alberto Goldman, disse que esse debate ocorrerá quando houver uma data marcada para a votação da reforma. Nessa oportunidade, se for o caso, o texto final será analisado pelos parlamentares.

Quando ocorre o fechamento de questão sobre uma determinada votação; o deputado ou senador que não seguir a orientação do partido poderá ser punido. Corre risco até de expulsão da legenda. Na véspera, o governador de São Paulo e futuro presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, sinalizou que não é a favor de fechar questão e defendeu que os deputados tucanos sejam convencidos a votar a favor da reforma.

Sem votos para aprovar a reforma; o governo tenta garantir que os partidos da base fechem questão para tentar votar o texto a partir da próxima terça-feira. Por ora, entretanto, somente o PMDB, partido do presidente Michel Temer, deve fechar questão nesta quarta em favor da reforma. Mas nem isso ficou selado entre os parlamentares.

Tags:
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo