Exercícios navais da Otan elevam tensão entre Rússia e Europa

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Publicado Domingo, 21 de Novembro de 2021 às 16:29, por: CdB

Em um programa dominical no canal de televisão Rossiya 1, Dmitry Peskov disse que, “muito provavelmente, a Ucrânia está fazendo mais uma tentativa de começar a resolver pela força seu próprio problema. De criar mais uma desgraça para ela mesma e para todos na Europa”.

Por Redação, com Sputniknews - de Moscou
Sob cobertura de exercícios da Otan no mar Negro, a Ucrânia tenta resolver militarmente seus próprios problemas, mas pode criar uma nova catástrofe para toda a Europa, anunciou neste domingo o porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov.
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As marinhas reunidas da Europa e dos EUA realizaram manobras em águas perigosas, no Mar Negro
Em um programa dominical no canal de televisão Rossiya 1, Dmitry Peskov disse que, “muito provavelmente, a Ucrânia está fazendo mais uma tentativa de começar a resolver pela força seu próprio problema. De criar mais uma desgraça para ela mesma e para todos na Europa”.  — É isso que a Ucrânia tenta obter. E está tentando isso, provavelmente, sob cobertura desses mesmos exercícios da Otan, dos navios da Otan no mar Negro, dos soldados americanos e britânicos na região, que são cada vez mais. Isso é certamente uma cena triste. Porque isso terá repercussões muito graves — acrescentou.

Invasão

Numerosas publicações e declarações nos países ocidentais sobre a preparação de uma invasão russa da Ucrânia fazem pensar que não são de excluir provocações e que essa histeria está sendo “intensificada artificialmente”, segundo o porta-voz. Para sair da situação tensa nas relações entre Moscou e o Ocidente, a Aliança Atlântica deve cessar suas provocações perto das fronteiras da Rússia. — Há uma saída. A Otan deve cessar sua atividade provocativa perto das nossas fronteiras, a Otan deve parar o avanço de sua infraestrutura, tanto política como militar, rumo a nossas fronteiras. Os Estados Unidos e seus aliados devem parar de concentrar seu punho militar ao longo de nossas fronteiras — enfatizou. Além disso, segundo suas palavras, "os países da Otan devem deixar de encher a Ucrânia de armas modernas, inspirando dessa maneira a Ucrânia para ações loucas", advertiu.

Pedra angular

O porta-voz presidencial ainda acentuou que em um mês o presidente Vladimir Putin poderá restar a única testemunha em exercício dos Acordos de Minsk, enquanto a Alemanha, França e Ucrânia não entendem, ou não querem entender, que esses acordos são "a pedra angular" para resolver o conflito interno ucraniano. As autoridades ucranianas iniciaram, em abril de 2014, uma operação militar contra as autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk, que declararam sua independência após o golpe de Estado no país em fevereiro de 2014. Segundo os dados mais recentes da ONU, cerca de 13 mil pessoas foram vítimas do conflito. A resolução da situação na região está no centro da discussão nas reuniões do grupo de contato de Minsk, que, desde setembro de 2014, já aprovou três documentos reguladores da desescalada do conflito. Porém, mesmo após os acordos sobre cessar-fogo entre os lados, as escaramuças continuam.
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