O ministério da Defesa anunciou, nesta quinta-feira, que cederá helicópteros para ajudar nas buscas dos corpos de 60 guerrilheiros assassinados durante o regime militar, que se prolongou entre os anos de 1964 e 1985. Os momentos mais cruéis ocorreram no sul do estado de Pará, na Guerrilha do Araguaia, entre 1968 e 1973.
A pedido da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, pela primeira vez, após o fim da ditadura militar, o governo cedeu em colaborar para esclarecer as mortes destes militantes, a maioria ocorrida entre 1972 e 1974.
“O Brasil não chora, como a Argentina, pelo desaparecimento de 10 a 15 mil pessoas, mas 50 mortos também são importantes”, afirmou Geraldo Quintão, ministro da Defesa.
O ministro alegou, entretanto, que o governo brasileiro não tem nenhuma informação sobre a localização dos corpos.
Informações fornecidas por ex-membros do exército brasileiro dão conta de que os corpos dos guerrilheiros, executados por soldados, foram enterrados em algum ponto da Serra das Andorinhas, onde serão feitas as buscas.