O Ministério da Saúde do Hamas alertou que o sistema de saúde da Faixa de Gaza “atingiu a pior fase da sua história” devido ao cerco total ao território imposto por Israel, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Por Redação, com Lusa – de Gaza
As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) anunciaram nesta terça-feira terem lançado cerca de 400 bombardeios contra “alvos militares” nas últimas 24 horas na Faixa de Gaza, tendo matado três líderes do Hamas, que controla o enclave cercado por Israel.
Na rede social X (antigo Twitter), o exército israelense garantiu que os ataques causaram a morte dos vice-comandantes dos batalhões Nuseirat, Shati e Alfurqan, todos eles membros do Hamas.
“Durante o último dia, caças atacaram dezenas de infraestruturas e vários pontos de encontro da organização terrorista Hamas nos bairros de Sajaiya, Shati, Jabalia, Darj Tafa e Zaitun”, informaram as IDF.
“Um avião das IDF atacou um túnel operacional usado pela organização terrorista Hamas (…) e pontos de encontro (…) dentro das mesquitas”, acrescentou o exército.
Também nesta terça-feira, o Ministério da Saúde de Gaza informou que 704 palestinos foram mortos nas últimas 24 horas, elevando para 5.791 o número total de óbitos desde o início dos bombardeios israelenses em retaliação ao massacre do Hamas em 7 de outubro.
O novo balanço aponta para pelo menos 53 mortes junto ao hospital Al Aqsa, em Jabalia, no norte de Gaza, e no campo de refugiados de Al Bureij, no centro do enclave.
O movimento islâmico também mencionou “centenas de feridos” e “dezenas de casas destruídas”.
Nações Unidas
O escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários anunciou, nesta madrugada, a morte de seis funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA), o principal órgão de ajuda humanitária que ainda pode trabalhar na Faixa Gaza.
Isto eleva para 35 o número de funcionários da UNRWA mortos desde o início da guerra entre Israel e o Hamas.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou estas mortes e disse estar ao lado dos funcionários “que estão fazendo tudo o que podem para ajudar quem mais necessita”, indicou numa mensagem publicada na rede social X.
O Ministério da Saúde do Hamas alertou que o sistema de saúde da Faixa de Gaza “atingiu a pior fase da sua história” devido ao cerco total ao território imposto por Israel, com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.
Um terceiro comboio de ajuda humanitária entrou na segunda-feira na Faixa de Gaza pela passagem de Rafah, que liga o enclave à Península do Sinai, pelo Egito, a única via de acesso ao território não controlada por Israel.
O rei Mohamed VI de Marrocos aprovou ontem o envio de ajuda humanitária de emergência, incluindo produtos alimentares, produtos médicos e água, para a Faixa de Gaza, que será coordenada com as autoridades egípcias e palestinas.