Um dia após ter sido exonerada, Gabryela Dantas foi nomeada nesta quinta-feira, e assume o 23º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento nos bairros do Leblon, Ipanema, Gávea e Jardim Botânico.
Por Redação, com Sputnik – do Rio de Janeiro
Um dia após ter sido exonerada, Gabryela Dantas foi nomeada nesta quinta-feira, e assume o 23º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo policiamento nos bairros do Leblon, Ipanema, Gávea e Jardim Botânico.

A tenente-coronel Gabryela Dantas foi exonerada na quarta-feira do cargo de coordenadora de comunicação da Polícia Militar (PM) do Rio de Janeiro. Apesar da corporação ter condenado suas atitudes, ela recebeu o comando do batalhão da PM do Leblon, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
A exoneração de Gabryela Dantas foi uma determinação do governador em exercício do Rio, Cláudio Castro. Tudo começou quando a tenente-coronel apareceu em um vídeo divulgado nas redes sociais da Polícia Militar fazendo críticas pessoais a um repórter dos jornais Extra e diário conservador carioca O Globo.
– Todos os dias somos questionados e muitas vezes vítimas de acusações. Ainda assim, defendo o diálogo com a imprensa. O debate de ideias é importante, mas é preciso preservar e respeitar ambos os lados – escreveu o governador em uma rede social ao falar sobre a exoneração.
Segundo informações do portal UOL, para o cargo de coordenador de comunicação da PM, o comando da corporação nomeou o major Ivan Blaz.
Aumento do consumo de munição por policiais
Os comentários da tenente-coronel foram feitos depois da publicação de uma matéria que usava dados oficiais da própria corporação para mostrar o aumento do consumo de munição por policiais no batalhão investigado pelas mortes das meninas Emily e Rebeca.
Gabryela Dantas qualificou o trabalho jornalístico como “covarde e inescrupuloso”, além de citar o nome do profissional e incentivar o compartilhamento do vídeo. A fala dela provocou uma onda de ataques ao jornalista. Castro tomou a decisão na tarde de quarta-feira e também exigiu a exclusão do conteúdo das redes sociais.
Ao governador, disseram que a decisão de gravar o vídeo foi tomada pela própria tenente-coronel. A Polícia Militar do Rio também divulgou uma nota após a exoneração, onde “esclarece que, ao personalizar o descontentamento em um repórter, (a porta-voz) ultrapassou um limite que feriu o equilíbrio de sua atuação. Reconhecemos o valor da liberdade de imprensa”.
O caso que motivou a discórdia
Policiais do 15º BPM (Duque de Caxias) são investigados pelas mortes das meninas Emily, de 4 anos; e Rebeca Santos, de 7, atingidas por um tiro de fuzil quando brincavam na porta de casa, na última sexta-feira. A PM nega que os cinco policiais que estavam de plantão no dia do crime tenham feito disparos, mas os fuzis e as pistolas que eles usavam foram apreendidos e enviados para perícia.