Pela primeira vez, o acervo da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira da capital mineira, e peças de cunho religioso do Palácio da Liberdade são apresentados ao público na exposição ‘Sanctus’. A mostra fica em cartaz até 30 de abril, no Salão Rosa do Palácio da Liberdade, principal cartão-postal do Circuito Liberdade.
Por Redação, com ACS – de Belo Horizonte
Pela primeira vez, o acervo da Igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem, padroeira da capital mineira, e peças de cunho religioso do Palácio da Liberdade são apresentados ao público na exposição ‘Sanctus’. A mostra fica em cartaz até 30 de abril, no Salão Rosa do Palácio da Liberdade, principal cartão-postal do Circuito Liberdade. A exposição é realizada pela Secretaria de Cultura e Turismo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado.
A curadoria é do designer e cenógrafo Rodrigo Câmara, em parceria com o padre Marcelo Souza e Silva, pároco da Boa Viagem.
— Meu trabalho de curador e antiquário é detectar as peças com valor histórico e patrimonial e salvaguardar esses objetos — afirma Câmara.
Mobiliário
A escultura de Nossa Senhora da Boa Viagem, que ficava na antiga capela demolida para a construção do atual templo, concebida presumivelmente em 1809, é um dos destaques da mostra. Um vitral, descoberto durante a curadoria, que fazia composição com a Sala de Banquete e havia sido retirado para a instalação do elevador no Palácio da Liberdade, também é um dos pontos altos da exposição. De acordo com Câmara, faltavam duas peças ao vitral e foi preciso realizar um trabalho de recomposição da peça “para ganhar conotação expográfica”.
O trabalho da curadoria também passou por requalificar 15 salas no térreo, andar intermediário e segundo pavimento. O processo garantiu a valorização de mobiliário. Um dos espaços readequados é a Sala Rosa, ao lado do torreão esquerdo, que a partir de agora passa a ser um novo espaço para exposições temporárias.
Do acervo cedido pela igreja da Boa Viagem estão cálices, patenas (pequenos pratos utilizados nos atos litúrgicos durante a comunhão), coroas e castiçais, além de documentação histórica do Palácio – três telas com informações sobre a história de sua construção, de seu acervo e de artistas mineiros que serão inventariados para integrar futuramente o acervo da Pinacoteca e do Centro de Patrimônio Cemig.
— Presente na história ocidental há 2 mil anos, a Paixão de Cristo, descrita nas artes plásticas, no teatro, na música e nas manifestações da cultura popular, estará presente na exposição ‘Sanctus’, que nesse ato se tornará o centro do projeto de turismo cultural da Semana Santa, juntando-se à Praça da Liberdade e às manifestações da fé de forma ampla presentes no cotidiano do Estado — ressalta o secretário de Estado de Cultura e Turismo, Leônidas Oliveira.
Serviço
Exposição Sanctus
Período expositivo: até 30 de abril
Horários: De quarta a sexta-feira, das 12h às 17h; sábado e domingo, das 10s às 17h
Local: Palácio da Liberdade – Praça da Liberdade, S/N, Funcionários – Belo Horizonte