Fabricantes de chips veem impacto limitado no curto prazo por crise na Ucrânia

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Publicado Quinta, 24 de Fevereiro de 2022 às 09:04, por: CdB

 

A Ucrânia fornece mais de 90% do neônio de grau semicondutor para os Estados Unidos, fundamental para os lasers usados na fabricação de chips. O gás, um subproduto da siderurgia russa, é purificado na Ucrânia, diz a empresa de pesquisa de mercado Techcet.

Por Redação, com Reuters - de Seul

Grandes empresas de chips disseram esperar uma interrupção limitada da cadeia de suprimentos por enquanto, devido ao conflito Rússia-Ucrânia, graças ao estoque de matérias-primas e compras diversificadas, mas algumas fontes do setor disseram que pode haver um impacto a longo prazo.
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Grandes empresas de chips disseram esperar uma interrupção limitada
A Ucrânia fornece mais de 90% do neônio de grau semicondutor para os Estados Unidos, fundamental para os lasers usados na fabricação de chips. O gás, um subproduto da siderurgia russa, é purificado na Ucrânia, diz a empresa de pesquisa de mercado Techcet. A Rússia é a fonte de 35% do paládio usado nos Estados Unidos. O metal é utilizado em sensores e componentes de memória, entre outras aplicações. A maioria dos fabricantes de chips tinham informado que tinham adotado uma postura de esperar para ver antes da escalada da crise nesta quinta-feira, uma vez que já diversificaram as cadeias de suprimentos por causa do impasse comercial entre Estados Unidos e China, da pandemia e da briga diplomática do Japão com a Coreia do Sul. O presidente-executivo da fabricante de chips de memória sul-coreana SK Hynix, Lee Seok-hee, disse a repórteres na semana passada que a empresa garantiu grande volume de matéria-prima para produção de chips e que "não é preciso se preocupar".

Rússia e Ucrânia

A Intel disse que não previa nenhum impacto. A GlobalFoundries disse que não esperava um risco direto e tinha flexibilidade para buscar fontes de matéria-prima fora da Rússia ou da Ucrânia, assim como a fabricante de chips de Taiwan United Microelectronics. A TSMC se recusou "no momento" a comentar, enquanto a empresa taiuanesa de testes e empacotamento de chips ASE Technology disse que seu fornecimento de material permanece estável "neste momento". A fabricante de chips malaia Unisem, cujos clientes incluem a Apple, disse que não espera nenhum impacto na produção de chips porque os materiais necessários não são provenientes da Rússia e suas máquinas são fornecidas principalmente dos Estados Unidos, Japão e Coreia, Cingapura e localmente. A Malásia é um elo vital na produção de chips, respondendo por 13% dos testes e empacotamento global de montagem de chips. A japonesa Ibiden, que fabrica substratos de embalagens para chips, disse ter materiais suficientes, mas as sanções podem mudar isso, quando questionada sobre o fornecimento de néon e outros gases da Rússia. "Estamos um pouco preocupados", disse um porta-voz.
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