Ferido em acidente com lancha continua internado no Rio

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Publicado segunda-feira, 28 de agosto de 2017 as 14:35, por: CdB

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico e continua no hospital em observação, com estado de saúde estável

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:

Uma das sete vítimas do acidente com uma lancha no dia anterior na Barra da Tijuca, Andrew Macau, de 21 anos, continua internado no Hospital Municipal Lourenço Jorge.

Ferido em acidente com lancha no Rio foi operado e continua internado

Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, ele foi submetido a um procedimento cirúrgico e continua no hospital em observação, com estado de saúde estável.

As outras seis vítimas não precisaram ser encaminhadas ao hospital. Elas foram socorridas pelo Corpo de Bombeiros e atendidas no próprio local. As pessoas ficaram feridas depois que a lancha onde estavam foi empurrada contra o quebra-mar da Barra da Tijuca.

Sem conseguir sair do quebra-mar, por causa das ondas fortes, a lancha virou e ficou presa às rochas.

Resgate com drones

O Corpo de Bombeiros tem utilizado drones para garantir a prevenção de afogamentos e realizar a busca de vítimas nas praias da orla do Rio. O uso dos aparelhos; que têm ajudado o Grupamento Marítimo (Gmar) a evitar mortes, é referência internacional. Este mês, a Covant (Coordenadoria de Operações de Veículos Aéreos não Tripulados) recebeu a visita do comandante-assistente do Departamento do Corpo de Bombeiros de Los Angeles, nos Estados Unidos; Fernando Boiteux, que pretende implantar a tecnologia na corporação americana.

– Ele conheceu o nosso trabalho com essas aeronaves pela mídia, e veio coletar informações com a intenção de implantar a tecnologia nas unidades de Los Angeles. Foi bem proveitoso, porque ele também nos apresentou outros equipamentos de alta tecnologia; utilizados pelos agentes americanos, que podemos futuramente adotar – disse o tenente-coronel Rodrigo Bastos, coordenador da Covant; que acredita em uma futura parceria internacional.

Não é só lá fora que o trabalho desenvolvido no Rio de Janeiro chama a atenção. Alguns estados já demonstraram interesse em fazer intercâmbio com os bombeiros Fluminenses; que são pioneiros no Brasil em utilização de drones para resgates.

No último mês, a corporação recebeu a visita de dois oficiais bombeiros da Bahia, que pretendem montar um projeto semelhante. Os militares receberam noções de pilotagem das aeronaves e da tecnologia que envolve os aparelhos, legislação aeronáutica, meteorologia, segurança de voo e aerodinâmica.

Hoje, os bombeiros do Rio utilizam três drones em operações de emergência e cinco em treinamentos. Os aparelhos são úteis em diversas situações, como auxiliar em caso de afogamento, monitorar acidentes em grandes áreas, procurar pessoas perdidas em montanhas ou na mata e achar corpos desaparecidos.

– A probabilidade de o resgate ser bem-sucedido aumenta. Agilizamos recursos e os agentes ficam menos expostos a situações de perigo – explicou Bastos.

Tecnologia auxilia diversos grupamentos

A primeira vez que os bombeiros utilizaram drones no Rio foi na Operação Verão (2015/2016), na praia de Copacabana, de forma experimental. Durante 2016, a corporação foi mapeando como essa ferramenta poderia ajudar no trabalho dos diversos grupamentos e unidades especializadas da Defesa Civil. Com isso, os bombeiros criaram um protocolo para cada tipo de ação para utilizar a aeronave.

Uma das ações do governo estadual que teve a utilização dos drones foi a campanha Xô, Zika!, realizada no ano passado.

– Nós identificávamos diversos focos do Aedes aegypti que equipes de solo não teriam como localizar. O que o drone realizava em uma hora, os agentes levariam, em média, de seis a sete dias. O ganho de tempo-resposta foi muito bom – disse o coordenador da Covant, tenente-coronel, Rodrigo Bastos.

Aparelho

Por causa do zumbido quando está voando, o aparelho recebeu o apelido de drone, o nome em inglês para a abelha zangão. Oficialmente, é um RPAS, sigla em inglês para Sistema de Aeronave Pilotada Remotamente. Cada aparelho pesa no máximo 2 quilos e mede entre 50 cm a 60 cm de diâmetro. Movido a bateria elétrica, um drone tem autonomia de voo de 25 minutos. Ele pode chegar a seis mil metros de altura e voar por cinco quilômetros.

Mas para o voo operacional os aparelhos vão, no máximo, a 30m de altura e 500m de distância, obedecendo às regras da Aeronáutica.

Nas aulas, os agentes aprendem todos os recursos da ferramenta e como operá-la com perícia: uma manobra errada pode derrubar fios de alta tensão e outros obstáculos, causando acidentes graves. A cada dia, modelos mais modernos são lançados.