Filho ’02’ mantém servidores suspeitos de integrar a ‘rachadinha’

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Publicado Quarta, 29 de Setembro de 2021 às 12:41, por: CdB

O MPE-RJ apura se houve repasses ou saques dos rendimentos dos envolvidos para devolver ao vereador. Entre os funcionários investigados está o casal Jorge Luiz Fernandes, chefe de gabinete do parlamentar e Regina Célia Sobral.

Por Redação - do Rio de Janeiro
Vereador do Rio de Janeiro, o filho ’02’ do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) Carlos, ou ‘Carluxo’ como também é conhecido, mantém em seu gabinete três assessores investigados pelo Ministério Público do Estado do Rio (MPE-RJ) por suspeita de atuar como funcionários fantasmas e devolver parte dos salários, na prática conhecida como "rachadinha". Os funcionários suspeitos recebem acima de R$ 10 mil mensais e tiveram sigilos bancário e fiscal quebrados pela Justiça em maio deste ano.
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Carlos Bolsonaro, o filho '02' do presidente, está atolado em um processo sobre as 'rachadinhas'
O MPE-RJ apura se houve repasses ou saques dos rendimentos dos envolvidos para devolver ao vereador. Entre os funcionários investigados está o casal Jorge Luiz Fernandes, chefe de gabinete do parlamentar e Regina Célia Sobral. A suspeita das autoridades é que Regina nunca trabalhou de fato para o vereador. Outro investigado que segue nomeado no gabinete é Edir Barbosa Góes, assessor desde 2008. Na investigação do MP são citadas reportagens que mostram como é difícil encontrar o funcionário no exercício de alguma função de gabinete. Sobrenomes O investigado alegou aos promotores que coordenava um núcleo integrado por sua própria família responsável desde 2001 por demandas da população em Santa Cruz, bairro da Zona Oeste da capital fluminense. Embora tenha sido nomeado em 2008, Goés confessou aos promotores que teria administrado informalmente essa política. O funcionário indicou a esposa, Neula Barbosa Góes, e os filhos Rodrigo de Carvalho Góes e Rafael de Carvalho Góes para cargos na assessoria do mandato antes mesmo de entrar para o gabinete. As duas famílias são parte da suposta estrutura que a promotoria acredita ter identificado no gabinete de Carlos. O esquema é identificado por sobrenomes com mais de um integrante das mesmas famílias. São seis no total, incluindo os Fernandes e os Góes. A eles se somam os Gerbatim, Martins, Duarte e, em maior número, os Valle — encabeçados por Ana Cristina Siqueira Valle. A madrastra do ’02' de Bolsonaro ficou no gabinete entre 2001 e 2008 e chegou a chefiá-lo.
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