Os especialistas também perceberam que a Amazônia, por estar exposta a condições mais extremas, foi a primeira a enfraquecer e que as florestas africanas têm essa tendência desde recentemente.
Por Redação, com Sputnik – de Brasília
As florestas tropicais da Amazônia e África estão absorvendo um terço menos dióxido de carbono que em 1990.

Em um estudo realizado por cientistas de diferentes países e liderado pela Universidade de Leeds, no Reino Unido, os especialistas examinaram e classificaram mais de 300 mil árvores por ano durante as últimas três décadas para calcular a quantidade de carbono que armazenaram tanto as plantas vivas como as que morreram no processo.
As árvores armazenam dióxido de carbono, que é liberado quando são cortadas, queimadas ou decompostas.
– O dióxido de carbono adicional aumenta o crescimento das árvores, porém a cada ano este efeito é cada vez mais neutralizado pelos impactos negativos das temperaturas e secas constantes, que atrasam o crescimento e podem matá-las – explicou à agência inglesa de notícias Reuters, o autor e líder do estudo Wannes Hubau.
Os especialistas também perceberam que a Amazônia, por estar exposta a condições mais extremas, foi a primeira a enfraquecer e que as florestas africanas têm essa tendência desde recentemente.
Floresta tropical
As observações e um modelo estatístico estimam que, em 2030, a selva africana absorva aproximadamente 14% menos dióxido de carbono.
Já no caso da floresta tropical amazônica, estima-se que, até 2035, esta não absorva o carbono e se torne, pelo contrário, grande fonte de emissão de gases de efeito estufa devido aos incêndios florestais.
– Um dos impactos mais preocupantes da mudança climática já começou – afirmou Simon Lewis, ecologista da Universidade de Leeds e coautor do estudo, ressaltando que as florestas tropicais “agravarão o problema”.