Forças do Egito atacam militantes após massacre

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Publicado Sábado, 25 de Novembro de 2017 às 09:21, por: CdB

Testemunhas disseram que homens armados explodiram uma bomba ao final das orações de sexta-feira dentro da mesquita Al Rawdah, localizada em Bir al-Abed

Por Redação, com Reuters - do Cairo:

Os militares do Egito informaram neste sábado que realizaram ataques aéreos e operações da noite para o dia contra militantes responsabilizados pelo assassinato de mais de 230 fiéis em uma mesquita no Sinai do Norte.

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Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque
 
O ataque mais mortífero da história moderna do Egito, no qual militantes balearam fiéis, provocou a condenação de líderes de Washington a Moscou; e o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, declarou três dias de luto na nação em choque.

Nenhum grupo assumiu a responsabilidade pelo ataque. Mas as forças do país vêm combatendo uma filiada determinada do Estado Islâmico na região; uma das facções sobreviventes do grupo radical desde; que este sofreu derrotas militares para forças apoiadas pelos Estados Unidos na Síria e no Iraque.

– A Força Aérea eliminou nas últimas horas uma série de postos avançados usados por elementos terroristas – disse o Exército.

Testemunhas disseram que homens armados explodiram uma bomba ao final das orações de sexta-feira dentro da mesquita Al Rawdah; localizada em Bir al-Abed, a oeste da cidade de El Arish, e depois abriram fogo enquanto os fiéis tentavam fugir; atirando em ambulâncias e ateando fogo em carros para bloquear as ruas.

A mídia estatal mostrou imagens de vítimas ensanguentadas e corpos cobertos por cobertores dentro da mesquita.

Atacar uma mesquita seria uma mudança de tática para os militantes do Sinai, que já agiram contra soldados e mais recentemente vêm buscando disseminar sua insurgência no território continental do Egito visando igrejas e peregrinos cristãos.

Atentado no Sinai

As enormes baixas do atentado no Sinai e o fato de terem atacado uma mesquita chocaram os egípcios, que vêm lutando para reconquistar a estabilidade desde a revolta de 2011 que depôs Hosni Mubarak, líder egípcio durante muito tempo, e os anos de protestos que se seguiram.

– Que as almas de todos os que morreram descansem em paz, tanto de muçulmanos quanto de cristãos... estas pessoas não têm religião – disse Abdullah, um desempregado, no centro do Cairo em referência aos agressores. “Dia sim, dia não alguém morre, dia sim, dia não uma igreja é bombardeada... onde está a segurança?”

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