Ford coloca 1,2 mil funcionários de férias coletivas em Taubaté

Arquivado em: Arquivo CDB
Publicado sexta-feira, 3 de julho de 2015 as 14:05, por: CdB
férias coletivas
Os funcionários são dos setores de administração e produção

A Ford anunciou, nesta sexta-feira, que 1,2 mil trabalhores da montadora na cidade de Taubaté, em São Paulo, entrarão de férias coletivas a partir do dia 13 de julho e, inicialmente, terminarão no dia 31 do mesmo mês. Os funcionários são dos setores de administração e produção.

De acordo com a montadora, para os funcionários da fábrica de transmissões, o afastamento das atividades acontece entre 20 a 31 de julho. O objetivo da Ford é adequar a produção da fábrica à demanda do mercado. A unidade da Ford em São Bernardo do Campo (SP) também vai interromper a produção entre 13 e 17 deste mês.

Suspensão de contratos de trabalho na Volkswagen

Montadoras de automóveis da região do ABC Paulista adotaram medidas para reduzir custos com trabalhadores, sem promover demissões. Em seu último levantamento, divulgado no mês passado, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) estimou que 25 mil trabalhadores do setor estão com contratos de trabalho suspensos, no chamado sistema de lay off.

De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos, na Volkswagen, em São Bernardo, 2.357 trabalhadores da Fábrica Anchieta terão, a partir de segunda-feira, os contratos suspensos por cinco meses. Dados do sindicato indicam que a Volkswagen tem 221 funcionários em esquema de lay off desde 1º de junho. Pela medida, os trabalhadores recebem salários integrais, metade paga pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e metade pela empresa.
Segundo o sindicato, além de adotar o lay off, a Volkswagen encerrou o terceiro turno, que permitia que a fábrica funcionasse no período noturno. Os cerca de 1,8 mil empregados que trabalhavam à noite foram realocados para outros horários.

As medidas foram tomadas em razão da queda na produção. No ano passado, a fábrica produzia 1,4 mil veículos por dia, número que caiu para 800 este ano. A Fábrica Anchieta emprega 11 mil pessoas, sendo 8 mil apenas na produção. Acordo intermediado pelo sindicato impede a demissão desses funcionários até 2019.

Na Mercedes-Benz, a proposta aos trabalhadores foi reduzir, por um ano, em 20% a carga horária e em 10% os salários. A proposta garantiria a estabilidade de todos os trabalhadores no período e o retorno de parte dos 300 trabalhadores demitidos.

Na quinta-feira, os empregados votaram a proposta e a rejeitaram por ampla maioria. As negociações estão interrompidas e não há previsão de reunião entre o sindicato e a empresa.

Para o Sindicato dos Metalúrgicos, a manutenção dos empregos nas montadoras é a grande preocupação nesse momento de incertezas no cenário econômico. A assessoria de imprensa da Volkswagen informou que não comentará o assunto. A Agência Brasil também manteve contato com a Mercedes-Benz, que não se pronunciou até a publicação da matéria.

Matéria atualizada às 15h02.