Moscou vai enfrentar mais sanções da União Europeia se separatistas pró-Rússia atacarem o porto ucraniano de Mariupol, disse nesta quarta-feira o chanceler francês, Laurent Fabius, o que potencialmente abriria um corredor para o sul, incluindo a península anexada da Crimeia.
O governo da Ucrânia teme que Mariupol, com seus 500.000 habitantes, possa ser o próximo alvo rebelde depois que separatistas tomaram a cidade estratégica de Debaltseve, disse o ministro de Relações Exteriores ucraniano, Pavlo Klimkin, após conversas de cessar-fogo em Paris há duas semanas.
– O problema hoje é particularmente em torno de Mariupol. Dissemos aos russos claramente que se houver um ataque separatista na direção de Mariupol as coisas se alterariam drasticamente, inclusive em termos de sanções – disse Fabius.
“Em nível europeu a questão das sanções seria solicitada novamente”, disse à rádio France Info. O ministro participou de uma reunião terça-feira com representantes da Rússia, Ucrânia e Alemanha, em que todos fizeram apelo para que se respeite o cessar-fogo.