Fundo Monetário Internacional divulga visão otimista, apesar da guerra comercial

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Publicado Quarta, 11 de Abril de 2018 às 13:57, por: CdB

Num discurso em Hong Kong, Lagarde afirmou que as prioridades para a economia global são evitar o protecionismo, no caso, uma guerra comercial; proteger-se contra o risco financeiro e promover o crescimento a longo prazo.

 

Por Redação, com Reuters - de Hong Kong, China

 

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está otimista com as perspectivas de crescimento global, mas alertou que nuvens mais escuras estão se aproximando devido à redução do estímulo fiscal e aumento das taxas de juros, disse a diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, nesta quarta-feira.

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Lagarde opina contra a ameaça de uma guerra comercial

Num discurso em Hong Kong, Lagarde afirmou que as prioridades para a economia global são evitar o protecionismo, proteger-se contra o risco financeiro e promover o crescimento a longo prazo.

Regras da OMC

A chefe do FMI falou no momento em que um conflito comercial entre os Estados Unidos e a China está criando uma incerteza significativa para as empresas e suas cadeias de fornecimento globais.

— A história mostra que restrições importantes afetam a todos, especialmente os consumidores mais pobres. Não apenas elas levam a produtos mais caros e escolhas mais limitadas, mas também impedem que o comércio desempenho seu papel essencial de ampliar a produtividade e disseminar novas tecnologias — disse Lagarde.

A melhor maneira de combater os desequilíbrios globais é usar ferramentas fiscais ou reformas estruturais, disse ela, acrescentando que as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) correm o risco de serem “dilaceradas”, o que seria “um fracasso político coletivo e imperdoável”.

Estímulo fiscal

As autoridades monetárias precisam se comprometer com a igualdade de condições e resolver disputas sem usar medidas excepcionais, disse ela.

— Há ameaças. Há contra-ameaças. Há uma tentativa de abrir um diálogo. E devemos apoiar essa tentativa de diálogo ao máximo que pudermos. O impacto dessas ameaças é mínimo em ambos os lados. O que não é mínimo é a maneira pela qual a confiança pode ser minada — acrescentou Lagarde.

A realidade para 2018 e 2019 é que o ímpeto acabaria diminuindo. Isso ocorreria devido ao enfraquecimento do estímulo fiscal; aumento das taxas de juros e condições financeiras mais apertadas, disse Lagarde.

Guerra comercial

Uma nova análise do FMI mostrou que a dívida global atingiu um recorde histórico. Bateu de US$ 164 trilhões; 40% a mais do que em 2007. A China, que vive um enfrentamento com os EUA nesta ameaça de uma guerra comercial; responde por pouco mais da metade desse aumento.

Lagarde disse que as economias precisam reduzir os déficits governamentais; além de fortalecer as estruturas fiscais e colocar a dívida pública em uma trajetória de queda gradual.

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