G20 realiza debate sobre o estado da economia na crise sanitária

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Publicado Sábado, 21 de Novembro de 2020 às 11:41, por: CdB

Enquanto a economia global está se recuperando das profundezas da crise, o ímpeto está diminuindo em países com taxas de infecção crescentes, a retomada é desigual e a pandemia provavelmente deixará cicatrizes profundas, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório para a cúpula do G20.

Por Redação, com Reuters - de Bruxelas
Líderes das 20 maiores economias mundiais (G20) iniciaram o debate, neste fim de semana, como lidar com a pandemia sem precedentes de covid-19, que causou uma recessão global. E como administrar a recuperação depois que o coronavírus estiver sob controle.
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O rei Salman bin Abdulaziz ressaltou a importância do desenvolvimento de ferramentas contra o novo coronavírus
No topo da agenda estão a compra e a distribuição global de vacinas, medicamentos e testes para países de baixa renda que não podem arcar com essas despesas sozinhos. A União Europeia vai pedir ao G20 neste sábado que invista US$ 4,5 bilhões para ajudar. — O tema principal será intensificar a cooperação global para enfrentar a pandemia — disse à agência inglesa de notícias Reuters uma alta autoridade do G20 que participa dos preparativos para a cúpula de dois dias, presidida pela Arábia Saudita e realizada virtualmente por causa da pandemia.

Tratado

Em seu discurso de abertura aos líderes do G20, o rei Salman bin Abdulaziz, governante saudita de 84 anos, enfatizou a necessidade de acesso equitativo às ferramentas para combater a covid-19, incluindo vacinas. — Devemos trabalhar para criar as condições de acesso equitativo e a preço acessível dessas ferramentas para todos os povos. Ao mesmo tempo, devemos nos preparar melhor para qualquer futura pandemia — disse ele ao grupo por meio de um link de vídeo. Para se preparar para o futuro, a UE irá propor um tratado sobre pandemias. — Um tratado internacional nos ajudará a responder mais rapidamente e de maneira mais coordenada — dirá o chairman dos líderes da UE, Charles Michel, ao G20 no domingo.

Cicatrizes

Enquanto a economia global está se recuperando das profundezas da crise, o ímpeto está diminuindo em países com taxas de infecção crescentes, a retomada é desigual e a pandemia provavelmente deixará cicatrizes profundas, disse o Fundo Monetário Internacional (FMI) em um relatório para a cúpula do G20. Especialmente vulneráveis são os países pobres e altamente endividados do mundo em desenvolvimento, que estão “à beira da ruína financeira e da crescente pobreza, fome e sofrimento incalculável”, disse o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, na sexta-feira. Para resolver isso, o G20 endossará um plano para estender uma moratória do serviço da dívida para os países em desenvolvimento por seis meses até meados de 2021, com a possibilidade de uma nova prorrogação, disse um projeto de comunicado do G20 visto pela Reuters. Os membros europeus do G20 devem pressionar por mais. — É necessário mais alívio da dívida — resumiu Michel a repórteres, na véspera.
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