O secretário de Segurança, Anthony Garotinho, determinou nesta quinta-feira a prisão do inspetor da Polinter João Luis de Souza. O policial, autuado pelo delegado Rodolfo Waldeck pelo crime de facilitação de fuga (artigo 351 do Código Penal – detenção de seis meses a dois anos), foi o responsável pela libertação do traficante Leandro Aparecido de Jesus Sabino, o DJ, do Morro do Adeus.
Em dezembro, o bandido fora resgatado por um bando armado do Hospital Miguel Couto e, no dia seguinte, recapturado pela Polícia Civil, na casa de uma irmã, na Penha. DJ recebera alta hoje, por volta do meio-dia, do Hospital Central Penal, no complexo penitenciário da Frei Caneca. Ele foi transferido para a carceragem da Polinter, no Centro.
Ao analisar a documentação do criminoso, o inspetor da Polinter ignorou a sua importância, bem como a existência de mandado de prisão expedido pelo Fórum da Ilha do Governador. Em sua defesa, o policial declarou que o sobrenome do traficante não estava escrito corretamente no computador da Polinter.
DJ tinha registrados em seu nome dois mandados de prisão, um expedido pela 1ª Vara Criminal, da Ilha do Governador – que permitiu a sua prisão em dezembro – e outro pela 34ª Vara Criminal, no Tribunal de Justiça, no Centro. No documento emitido pelo juiz da Ilha do Governador, o sobrenome do criminoso aparece como Aparecida, quando a grafia correta é Aparecido. Por conta da divergência, o policial ignorou a ordem de prisão e autorizou a libertação do traficante.