A gastroplastia pode diminuir alguns dos riscos da gravidez associados à obesidade, segundo um estudo sueco publicado no periódico científico The New England Journal of Medicine. Segundo os pesquisadores, mulheres obesas que foram submetidas à cirurgia de redução de estômago deram à luz bebês mais saudáveis em comparação com as que não foram operadas.
No entanto, o estudo também encontrou alguns riscos para as mulheres que passaram pelo procedimento operatório, incluindo o nascimento de bebês abaixo do peso e do tamanho adequado e uma maior probabilidade de natimortos. Porém, os pesquisadores afirmaram que, de forma geral, os resultados foram favoráveis às mulheres que tiveram o estômago reduzido.
Mulheres obesas possuem mais contratempos na gravidez, incluindo o desenvolvimento de diabetes e geração de natimortos. Seus bebês são, além disso, mais propensos a nascer prematuros e desenvolver obesidade infantil.
O estudo procurou descobrir se a cirurgia bariátrica poderia atenuar, com segurança, alguns desses efeitos. Os pesquisadores, liderados pela nutricionista Kari Johansson, do instituto sueco Karolinska, avaliaram os registros de 2.832 mulheres obesas que deram à luz entre 2006 e 2011.
Porém, o novo estudo tem limitações, pois as participantes suecas não eram etnicamente diversificadas, e praticamente todas as operações envolveram a inserção de balões intragástricos. O procedimento é mais invasivo do que implantar uma banda gástrica ajustável, um dispositivo inflável de silicone em forma de anel.
Além disso, o estudo não foi um ensaio clínico randomizado, que é o mais alto padrão de pesquisa científica, porém difícil de ser executado quando gravidez e cirurgias estão relacionadas.