General Silva e Luna assume direção da Petrobras com discurso de conciliação

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Publicado Segunda, 19 de Abril de 2021 às 13:11, por: CdB

Silva e Luna disse que não há dúvidas de que, entre os principais desafios, estão tornar a Petrobras cada vez mais forte, trabalhando com visão de futuro, segurança, respeito ao meio ambiente, aos acionistas e à sociedade para garantir o maior retorno possível ao capital empregado.

Por Redação - do Rio de Janeiro

O general Joaquim Silva e Luna tomou posse nesta segunda-feira como presidente da Petrobras. Ele foi indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em substituição ao economista Roberto Castello Branco.

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O general Silva e Luna, em seu discurso, tentou acalmar o mercado financeiro

Em seu discurso, Silva e Luna disse que não há dúvidas de que, entre os principais desafios, estão tornar a Petrobras cada vez mais forte, trabalhando com visão de futuro, segurança, respeito ao meio ambiente, aos acionistas e à sociedade para garantir o maior retorno possível ao capital empregado.

— Crescer sustentado em ativos de óleo e gás de classe mundial, em águas profundas e ultraprofundas, buscando incessantemente custos baixos e eficiência. E fazer tudo isso conciliando os interesses de consumidores e acionistas, valorizando os nossos petroleiros, buscando reduzir volatilidade sem desrespeitar a paridade internacional, perseguindo a redução da dívida, investindo em pesquisa e desenvolvimento e contribuindo para a geração de previsibilidade ao planejamento econômico nacional — afirmou.

Nova diretoria

Silva e Luna foi confirmado após decisão formalizada pelo Conselho de Administração da estatal, que o elegeu na semana passada; além de aprovar outros nomes para compor a Diretoria Executiva.

Também tomaram posse hoje Rodrigo Araujo Alves como diretor executivo Financeiro e de Relacionamento com Investidores; Cláudio Rogério Linassi Mastella, diretor executivo de Comercialização e Logística; Fernando Assumpção Borges, diretor executivo de Exploração e Produção; e João Henrique Rittershaussen, diretor executivo de Desenvolvimento da Produção.

Foram reconduzidos Nicolás Simone, como diretor executivo de Transformação Digital e Inovação; Roberto Furian Ardenghy, diretor executivo de Relacionamento Institucional e Sustentabilidade; e Rodrigo Costa Lima e Silva, diretor executivo de Refino e Gás Natural.

Renúncia

O general, no entanto, assume em meio a um período de turbulência na estatal petrolífera. Na cerimônia de posse, Luna estava acompanhado de outros três militares. Ao seu lado estavam apenas Eduardo Bacellar, presidente do conselho de administração da empresa; Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia; e Rodolfo Saboia, diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Enquanto assumia a condução da empresa, no entanto, o representante dos acionistas minoritários, o advogado Marcelo Gasparino, renunciou ao cargo tão logo tomou posse. De acordo com as regras internas do colegiado, haverá agora a necessidade de uma nova eleição geral para a escolha de todos os demais integrantes recém-eleitos para o Conselho.

No sistema de voto múltiplo, cada ação dá direito a tantos votos quantos forem os membros do conselho, e o acionista tem o direito de direcionar esses votos para um só candidato ou distribuí-los entre vários outros.

Acionistas

Segundo o general, mudanças geram especulações e expectativas, o que, em sua opinião, é natural num momento de "conflito de narrativas". Para gerir a empresa, ele disse que trabalhará alinhado com o conselho de administração, diretoria e ANP.

Ainda no discurso, Luna afirmou que o desafio será tornar a Petrobras cada vez mais forte, trabalhando com visão de futuro, com segurança, respeito ao meio ambiente, aos acionistas e à sociedade em geral, para garantir o maior retorno possível ao capital empregado.

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