Goiás reconhece mais vítimas de césio 137

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Publicado Quarta, 12 de Dezembro de 2001 às 00:32, por: CdB

O Estado de Goiás decidiu reconhecer mais 614 pessoas como vítimas do acidente com o césio 137, ocorrido em 1987, em Goiânia. Depois de 14 anos, o governo goiano decidiu estender a pensão vitalícia às vítimas do césio a um grupo formado por 379 policiais militares, 220 operários da extinta Secretaria de Obras, 15 bombeiros e 2 garis que trabalhavam na limpeza da cidade. Todos eles passam a ter direito a pensão vitalícia no valor de 360 reais e a todo tipo de assistência médica, psicológica e odontológica. O benefício inclui ainda filhos e netos dos integrantes da lista, bem como familiares que moravam com eles na época da tragédia. Revelações como a de que os medidores de radiação eram desligados para não apitar em pontos contaminados estão nos laudos do Ministério Público. Com um tumor no cérebro após trabalhar no depósito de Abadia de Goiás, o soldado reformado Marques Rodrigues Júnior é um dos beneficiados e virou símbolo da luta pelo reconhecimento. A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) não reconhece a nova listagem. Até hoje, o Governo de Goiás mantinha cadastradas 614 vítimas do acidente radioativo com o césio 137. Esse grupo inclui vítimas até a terceira geração, com atendimento extensivo aos seus ascendentes. Elas somam 44 do grupo 1, 54 do grupo 2 e 516 do terceiro grupo. Os radioacidentados dos grupos 1 e 2 foram os que sofreram maior grau de contaminação radioativa. Fazem parte do grupo 3 os profissionais e voluntários que trabalharam na época do acidente e os vizinhos do foco. A Superintendência Leide das Neves (Suleide), órgão que faz o acompanhamento médico das pessoas que foram expostas aos efeitos do césio 137 no acidente radiológico de 1987, é o órgão do governo encarregado de prestar assistência às vítimas do acidente.

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