Goldfajn alerta que cenário externo está cada vez mais selvagem

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Publicado Sexta, 12 de Outubro de 2018 às 13:42, por: CdB

Em discurso preparado para a plenária do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês) em Bali, na Indonésia, Ilan apontou que, com a normalização das condições monetárias nos Estados Unidos, o sentimento do mercado provavelmente ficará mais nervoso.

 
Por Redação - de Brasília
  Presidente do Banco Central, o economista Ilan Goldfajn acredita que o crescimento global tornou-se mais desigual e as condições financeiras nos mercados emergentes estarão cada vez mais selvagens, nos próximos meses. Ele avalia que há, ainda, um quadro geral benigno, mas que requer uma visão “mais cautelosa”.
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Em discurso no encontro do FMI, na Indonésia, Goldfajn alerta para os riscos da guerra comercial
Em discurso preparado para a plenária do Comitê Monetário e Financeiro Internacional (IMFC, na sigla em inglês) em Bali, na Indonésia, Ilan apontou que, com a normalização das condições monetárias nos Estados Unidos, o sentimento do mercado provavelmente ficará mais nervoso durante um período de transição, em direção a um menor apetite ao risco. “Condições financeiras mais apertadas e surtos de volatilidade devem ser esperados durante essa mudança para um novo equilíbrio”, disse ele, segundo documento divulgado nesta sexta-feira pelo BC.

Financiamento

Ilan também afirmou que as tensões comerciais vigentes alimentam-se da descrença na globalização e podem levar a um menor equilíbrio de crescimento, uma vez que a economia global perde eficiência. Segundo o presidente do BC, a materialização desses riscos pode levar a uma deterioração nas condições financeiras globais, razão pela qual o Fundo Monetário Internacional (FMI) deve estar bem financiado e preparado para enfrentar a volatilidade internacional. Nesse sentido, Ilan fez um apelo para a comunidade internacional para garantir o financiamento ao FMI através da revisão geral de cotas. Sobre o Brasil, Ilan reiterou mensagem que já havia divulgado na véspera, de que o país está bem posicionado para resistir a choques em sua economia, citando um robusto balanço de pagamentos, regime de câmbio flutuante, nível adequado de reservas, inflação em níveis baixos e expectativas de inflação bem ancoradas.
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