Dados sobre aproximadamente 800 ocorrências aéreas se acumula desde 1997 em arquivos ou pilhas de papel sem ser usado como fonte de informação para o sistema de prevenção de acidentes aeronáuticos.
Assim o governo brasileiro deixou de investigar, analisar e registrar milhares de informações sobre quase-acidentes ou situações de risco no espaço aéreo brasileiro.
As quase-colisões contabilizadas pela Aeronáutica entre 1998 e julho deste ano são de 796 e se referem apenas aos casos efetivamente investigados. Os demais incidentes no período estão guardados para registro posterior.
A mesma questão afeta os relatórios de perigo, que são enviados por pilotos e controladores de vôo descrevendo um problema que pode afetar a segurança de vôos. O acompanhamento é feito em papel e não é usado em estudo estatístico de controle ou prevenção.
O diagnóstico de “sobrecarga” e uso “ineficaz” de informações é do Cenipa, órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Sipaer).
– O banco de dados com pequena amostragem se torna incapaz de indicar os aspectos relevantes para a prevenção, o que pode vir a comprometer todo o esforço despendido pelo Sipaer -, diz o documento.
Governo brasileiro deixa de investigar quase-acidentes aéreos
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Publicado sexta-feira, 1 de dezembro de 2006 as 12:15, por: CdB