Governo desiste de impedir que a chinesa Huawei concorra no leilão do 5G

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Publicado Sábado, 16 de Janeiro de 2021 às 13:53, por: CdB

A retórica de Bolsonaro, de confrontar o governo comunista chinês, mudou completamente desde a derrota de Trump para o democrata Joe Biden, nos EUA. A Huawei lidera, mundialmente, a tecnologia 5G.

Por Redação - de Brasília e São Paulo
Com a derrota do republicano Donald Trump, aliado do mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro (sem partido), o governo decidiu liberar a presença da chinesa Huawei do leilão do 5G, no país. A decisão de barrar a companhia, na realidade, nunca foi oficializada e nem será, segundo confirmou a reportagem do Correio do Brasil por telefone, neste sábado, junto a fontes no Ministério da Ciência e Tecnologia.
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O presidente Bolsonaro queria banir a Huawei das redes 5G do país, mas mudou de ideia após a derrota do republicano Donald Trump, nos EUA
A retórica de Bolsonaro, de confrontar o governo comunista chinês, mudou completamente desde a derrota de Trump para o democrata Joe Biden, nos EUA. A Huawei lidera, mundialmente, a tecnologia 5G, que é a quinta geração das redes de comunicação móveis. O novo sistema, já implantado na China, nos EUA e em alguns países europeus, garante velocidades até 20 vezes superiores ao atual 4G, o que facilita o consumo maior de vídeos, jogos e a chamada ‘Internet das coisas’.

Soberania

Sem data ainda definida, no entanto, o leilão está previsto para o fim deste semestre, entre junho e julho. Aa Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) prevê a publicação do edital, nas próximas semanas. Do que foi adiantado, até agora, pela área técnica da Anatel, somente as empresas de telecomunicações poderão adquirir as frequências para transmissão do sinal, mas toda a infraestrutura necessária precisará ser fornecida pela Huawei, pela sueca Ericsson e a finlandesa Nokia. A ameaça de Bolsonaro era banir a Huawei do fornecimento de itens para a rede móvel, o que significaria um prejuízo sem precedentes para as empresas de telefonia, que já contam com equipamentos chineses em suas base de transmissão de dados. No melhor estilo asiático de moderação nas declarações, o ministro-conselheiro Qu Yuhui, da Embaixada da China no Brasil, disse a jornalistas que as empresas chinesas já comprovaram confiabilidade, segurança e competitividade. Em nota, por sua vez, a Huawei reafirmou o compromisso com o cumprimento das leis brasileiras e o respeito à soberania brasileira.
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