Para evitar novas ocorrências, a segurança em Rio Branco foi reforçada e 23 líderes de facções criminosas foram postos em isolamento durante o domingo, dia de visitas
Por Redação, com ABr – de Brasília:
Pelo menos 29 pessoas foram presas no domingo por participação em incêndios criminosos a ônibus em Rio Branco, no Acre. Pelo menos quatro coletivos foram destruídos na madrugada de sábado para domingo. Ninguém ficou ferido.
Para evitar novas ocorrências, a segurança em Rio Branco foi reforçada e 23 líderes de facções criminosas foram postos em isolamento durante o domingo, dia de visitas.
Na madrugada desta segunda-feira houve outras três tentivas de incediar veículos em cidades do interior do Estado. Mas as ações foram impedidas pela polícia.
Bloqueadores de celular
O secretário de Segurança Pública, Emylson Farias, afirma que os ataques são uma reação de bandidos à instalação de bloqueadores de celular nas unidades prisionais da capital acriana, há cerca de um mês.
– Esse evento ocorreu em razão, obviamente, da instalação de bloqueadores de celulares. Nós, de maneira nenhuma, vamos reduzir a intensidade dos bloqueadores. Pelo contrário, pretendemos aumentar – disse ele.
De acordo com Farias, o bloqueador cria um campo magnético sobre o presídio, impedindo qualquer comunicação; via celular, com o mundo externo. O secretário disse ainda que esta é a medida mais dura adotada pelo Estado contra o crime organizado, nos últimos 10 anos.
– No raio em que está situado o presídio nenhum celular faz contato nem via SMS, nem WhatsApp, nem ligando pra nenhum outro celular no meio exterior. Isso (presídio) pra nós é o escritório do crime. É de onde partem as principais ordens de execução, roubo, furto. Para os demais delitos que ocorrem tanto no Estado do Acre quanto no estado brasileiro – disse.
Por causa das ocorrências, a circulação de ônibus ficou reduzida na capital acrina durante o fim de semana. Mas, de acordo com o secretário, toda a frota está transitando normalmente nesta segunda-feira.
O Acre tem cerca de 5,5 mil detentos e 80% da população carcerária do Estado está dividida em dois presídios na capital Rio branco.