Governo Temer acabou, diz senador

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Publicado Quarta, 17 de Maio de 2017 às 17:24, por: CdB

Congresso recebe notícia de que Temer e Aécio Neves foram gravados pela JBS em flagrante criminoso

 

Por Redação - de Brasília e Rio de Janeiro

 

A notícia de que o presidente de facto, Michel Temer, teria sido filmado por Joesley Batista, um dos controladores do frigorífico JBS, dando aval à compra do silêncio do ex-deputado federal Eduardo Cunha explodiu no Senado, na noite desta quarta-feira, durante a votação do foro privilegiado. Segundo o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), “acabou o governo”.

— Nesse momento tem que ser feito um pacto suprapartidária entendendo que acabou o governo. Precisamos de um processo de eleições gerais — afirmou

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Temer e Aécio são flagrados em gravações em atitudes criminosas

Segundo a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) “a Polícia Federal rastreou o caminho do dinheiro e chegou à empresa do senador José Perrella (PSDB-MG). O Aécio não pode continuar como senador”.

A notícia, vazada do Supremo Tribunal Federal (STF) ou da Procuradoria Geral da República (PGR) ao jornalista Lauro Jardim, do diário conservador carioca O Globo, mostra a gravação feita por Joesley. O depoimento integra a declaração que os controladores da JBS deram à PGR, em abril.

Na cadeia

Segundo o texto, trata-se de “uma delação como jamais foi feita na Lava-Jato: Nela, o presidente Michel Temer foi gravado em um diálogo embaraçoso. Diante de Joesley, Temer indicou o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR) para resolver um assunto da J&F (holding que controla a JBS). Posteriormente, Rocha Loures foi filmado recebendo uma mala com R$ 500 mil enviados por Joesley”.

Temer, de acordo com a notícia veiculada, também ouviu do empresário que estava dando a Eduardo Cunha e ao operador Lúcio Funaro “uma mesada na prisão para ficarem calados”. Diante da informação, Temer incentivou:

— Tem que manter isso, viu? — disse Temer.

Presidente do PSDB e indiciado na Operação Lava Jato, o senador Aécio Neves (MG) foi flagrado quando pedia R$ 2 milhões, em dinheiro sujo, a Joesley. “O dinheiro foi entregue a um primo do presidente do PSDB, numa cena devidamente filmada pela Polícia Federal. A PF rastreou o caminho dos reais. Descobriu que eles foram depositados numa empresa do senador Zeze Perrella (PSDB-MG)”, afirma o jornalista.

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