O governo vai ficar de fora da briga entre geradoras e distribuidoras de energia, que envolve uma conta de R$ 12 bilhões decorrente da aplicação das regras do contrato de compra e venda de eletricidade, após as complicações geradas pelo racionamento. Estes contratos contêm um dispositivo, chamado Anexo V, que que imputa às geradoras o pagamento de parte da energia contrata mas não entregue às distribuidoras. "Isso é uma questão jurídica entre as partes, que possivelmente vai terminar no tribunal. Tem que ser uma decisão na Justiça. O governo não vai intervir nisso", disse o presidente de Furnas, Luiz Carlos Santos, nesta terça-feira, depois de audiência pública na Comissão Mista da Crise de Energia Elétrica do Congresso Nacional. A conta, se fosse levada na ponta do lápis, segundo Santos, liquidaria as geradoras, principalmente as públicas. "A Eletronorte e a Chesf, se tivessem que arcar com o anexo V, estariam inviabilizadas", diz ele.
Rio de Janeiro, Quinta, 28 de Março de 2024
Governo tira o corpo fora da briga entre geradoras e distribuidoras de energia
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Publicado Terça, 28 de Agosto de 2001 às 18:09, por: CdB
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