Os comentários impróprios de Trump, feitos na sexta-feira, podem dar ao líder de esquerda impulso regional.
Por Redação, com agências internacionais - de Caracas e Montevidéo
A Chancelria venezuelana, em comunicado distribuído neste sábado, rechaçou a ameaça militar do presidente norte-americano, Donald Trump, contra sua nação. Este foi o primeiro de uma série de comunicados, de todos os países latino-americanos, de repúdio às ameaças norte-americanas.
Os comentários impróprios de Trump, feitos na sexta-feira, podem dar ao líder de esquerda impulso regional. Após o comentário de Trump de que a intervenção militar na Venezuela era uma opção, nem mesmo os críticos de Maduro concordam com a declaração. Parte do movimento oposicionista se desmobilizou após a afirmativa norte-americana. Aqueles que restam, seguem presos entre apoiar a ideia de uma invasão estrangeira na Venezuela ou um presidente de esquerda.
'Uma loucura'
A escalada surpreendente da resposta de Washington à crise da Venezuela ocorre quando o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, está prestes a realizar uma viagem regional. Ele chegará neste domingo à capital colombiana, Bogotá, e faz um giro pela, Argentina, Chile e Panamá.
Ministro da Defesa venezuelano, Vladimir Padrino também criticou, ainda na sexta-feira, as ameaças dos EUA. Ele as considerou “uma loucura" por parte de Trump. O ministro das Relações Exteriores, Jorge Arreaza, reafirmou neste sábado que a Venezuela rejeitou ameaças "hostis”. Ele foi plenamente atendido na exortação à América Latina para que se unisse contra a determinação de Washington.
O Peru, um dos críticos mais ferrenhos de Maduro, liderou os protestos contra Trump. Por meio de nota da Presidência da República, o país afirmou que a ameaça era contra os princípios das Nações Unidas. México e Colômbia se juntaram com declarações próprias. O Mercosul — formando por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai — acrescentou que rejeita o uso da força contra a Venezuela.