O ano de 2005 foi positivo para grandes empresas brasileiras que conseguiram manter sua rentabilidade, apesar da valorização do real frente ao dólar, revela estudo divulgado pela Serasa nesta sexta-feira. A pesquisa foi elaborada com base em demonstrativos contábeis de cerca de 10 mil indústrias de grande, médio e pequeno porte, tanto de capital aberto como fechado.
Para as grandes indústrias, a rentabilidade chegou a 10,8% em 2005. Em 2004, ela tinha alcançado 11,1%. Segundo a Serasa, as empresas reduziram suas dívidas atreladas ao dólar, o que teve impacto positivo no resultado financeiro, e a perda de competitividade dos segmentos exportadores foi atenuada pela valorização de algumas commodities no mercado internacional, como açúcar, álcool, celulose.
Ainda segundo a Serasa, se não fossem considerados esses efeitos, a margem líquida recuaria de 10,8% para 7,4% em 2005. As pequenas e médias indústrias também apresentaram crescimento nos lucros, segundo a Serasa. No entanto, em razão da falta de espaço para repassar a elevação dos custos aos preços finais dos produtos, a rentabilidade foi equivalente a 3,5% das vendas.
Entre as pequenas e médias, destaca-se o setor de mecânica e o setor editorial e gráfico. Por outro lado, o setor têxtil sofreu com a elevada concorrência dos produtos importados.