Greenfield: PF investiga suspeita de cooptação de testemunhas

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Publicado Quarta, 08 de Março de 2017 às 07:36, por: CdB

Foram emitidos seis mandados judiciais pela Justiça Federal do Distrito Federal para cumprimento nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul

Por Redação, com Reuters - de Brasília:

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira a segunda fase da operação Greenfield, que investiga suspeitas de irregularidades em fundos de pensão de estatais envolvendo a holding J&F Investimentos, para investigar um suposto esquema de cooptação de testemunhas com pagamento de suborno mascarado em um contrato de R$ 190 milhões, informou a PF em comunicado.

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Agente da Polícia Federal durante uma operação no Rio de Janeiro

Foram emitidos seis mandados judiciais pela Justiça Federal do Distrito Federal para cumprimento nos Estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. Incluindo um mandado de prisão temporária, disse a Polícia Federal.

A operação Greenfield envolve a holding da família Batista J&F Investimentos e suas subsidiárias JBS e Eldorado Brasil Celulose. Os executivos do grupo Wesley e Joesley Batista chegaram a ser proibidos pela Justiça de comandarem empresas em decorrência da Greenfield. E só foram liberados da restrição depois que a J&F aceitou apresentar garantia financeira de R$ 1,5 bilhão.

De acordo com a PF. A nova fase da Greenfield investiga suspeita de que um contrato de R$ 190 milhões. Entre "os dois principais sócios de um dos maiores grupos empresariais investigados pela Greenfield". Tenha sido empregado para mascarar pagamento de suborno a um empresário concorrente. Para que não revelasse informações de interesse da investigação.

Testemunha

– A suspeita, trazida por uma testemunha à investigação, é que o contrato de fornecimento de massa florestal de eucalipto. Para produção de celulose seja apenas uma forma de recompensar o silêncio de um ex-sócio que poderia auxiliar a investigação – afirmou a PF, acrescentando que a investigação corre sob sigilo judicial e, por isso, não pode identificar os alvos.

A operação Greenfield foi deflagrada originalmente pela PF em setembro para investigar suspeita de fraude nos fundos de pensão de estatais Previ (do Banco do Brasil), Petros (da Petrobras ). Postalis (dos Correios) e Funcef (da Caixa Econômica Federal (CEF.UL). Tendo como base 10 casos revelados a partir do exame das causas de déficits bilionários apresentados pelos fundos.

Procurada pela agência inglesa de notícias Reuters. A J&F não respondeu de imediato a um pedido de comentários sobre a ação policial desta quarta-feira.

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