Os fiscais, auditores e técnicos da Secretaria Estadual da Fazenda do Rio Grande do Sul também entraram em greve nesta segunda-feira para exigir mudanças na reforma da Previdência.
As categorias têm cerca de dois mil funcionários ativos e vão deixar de arrecadar impostos nas seis agências de fiscalização e controle nas rodovias de entrada e saída do Estado, bem como de aplicar multas e emitir certidões negativas.
O secretário-geral do Sindicato dos Auditores Fiscais, Harald Rieger, admite que a paralisação prejudica a captação de recursos para o Estado, mas diz que o dinheiro que não entra agora será recuperado depois.
Assim como os funcionários da Receita Federal, Ibama, INSS, Tribunal Regional do Trabalho e universidades públicas do Rio Grande do Sul, que estão parados há quase um mês, os servidores da Secretaria da Fazenda querem mudanças no texto da reforma da Previdência.
Eles não aceitam o fim da paridade dos reajustes de ativos e aposentados e pedem um teto salarial idêntico para todos os Estados e vinculado ao dos ministros do Supremo Tribunal Federal.
Na Receita Federal, a greve vem atrasando o embarque de navios no porto de Rio Grande e a liberação de caminhões na fronteira com a Argentina, em Uruguaiana. O INSS só conseguiu abrir três das cinco agências de Porto Alegre nesta segunda.
No total, foram atendidas 260 pessoas. Nos dias normais, esse número chega a 2,5 mil. Agências que chegaram a abrir na semana passada voltaram a fechar as portas, como as de Novo Hamburgo, Canoas e Gravataí.
Nas quatro universidades federais do Estado, a ausência dos funcionários não interrompeu as aulas em Porto Alegre e Santa Maria. Em Pelotas, onde os professores também aderiram à greve, todas as atividades estão paradas.
As outras universidades enfrentam situações diferentes. Na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, os professores param somente amanhã. Depois voltam às aulas para concluir o semestre, lecionando até 27 de agosto.
Na Universidade Federal de Santa Maria, os professores concluíram o semestre no dia 14 de agosto e a maioria deles entrou em férias. E na Universidade de Rio Grande, a greve de professores e funcionários coincidiu com as férias. A volta às aulas está prevista para o dia 18.
Greve dos funcionários da Fazenda é reforçada no RS
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Publicado segunda-feira, 4 de agosto de 2003 as 17:20, por: CdB