O Inverno 2002 da Patachou faz uma viagem ao oriente, partindo da China, passando pela Indonédia, Bali, Tailândia e terminando nas redondezas do México e do Peru. Com uma coleção étnica, a grife fez reviver nas passarelas trajes como batas, túnicas, ponchos, sarongues e quimonos. O hippie folk é a tendência direcionadora da estilista Terezinha Santos. A característica do conforto dos tricots e malhas da grife continuam, mas desta vez ganham inúmeras sobreposições. É uma saia sobre uma calça tipo legging na parte de baixo e na parte de cima camisas, com coletes e tricots tipo handmade arrematando o visual. As calças justas terminam em faixas que se amarram na perna, os cardigãs, casacos e malhas são uma reinterpretação de quimonos e ponchos. Vale lembrar que é preciso certa arte para acertar nas sobreposições de cintos, lenços, calças e saias. Corre o risco de ficar muito caricatural. As cores também são étnicas: são ferrugens, marrons, amarelos e vinhos. Nas estampas, o destaque fica para os desenhos em branco-e-preto de armas de lutas marciais e referências balinesas. Nas meias, também há ideogramas da simbologia chinesa usadas com sandália bem baixa. Os tecidos provocam efeito interessante e são na maioria texturizados, bordados artesanalmente ou em patchwork. Os acessórios como brincos grandes e mil colares sobrepostos dão a finalizada no visual. Uma coleção com boas peças, mas que precisa de cuidados para não cair numa imagem pouco contemporânea.
Rio de Janeiro, Sexta, 29 de Março de 2024
Grife mineira Patachou viaja pelo Oriente
Arquivado em:
Publicado Quarta, 30 de Janeiro de 2002 às 18:20, por: CdB
Edição digital