A Itália, a Grécia e a Bulgária confirmaram, neste sábado, a presença da variação do vírus mais letal da gripe aviária, o H5N1, em aves dentro de seus territórios. O Ministério da Agricultura da Grécia anunciou que o vírus foi encontrado em três cisnes selvagens mortos perto de Salônica, a segunda maior cidade do país. Já o Ministério da Saúde da Itália afirmou que aves da mesma espécie na cidade de Messina, na Sicília, também foram contaminados.
Autoridades italianas ainda estão aguardando o resultado de exames em amostras coletadas em outros cisnes mortos nas regiões de Puglia e da Calábria, no sul do país. Na Bulgária, segundo a Comissão Européia, o vírus foi achado em um cisne perto da fronteira com a Romênia.
Vizinhos da Turquia
No início desta semana, a Organização da ONU para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês), que tem sua sede em Roma, alertou que o vírus já poderia ter chegado aos países vizinhos à Turquia, onde focos da doença atingiram 26 das 81 províncias. A FAO disse ainda que está trabalhando junto com ornitólogos em mais de 20 localidades do sul da Europa que estão na rota de aves migratórias.
Os cientistas estão instalando armadilhas e pedindo para que os fazendeiros estejam atentos para qualquer fato estranho. Na Grécia, toda a área de lagos onde os cisnes contaminados foram encontrados foi isolada. O governo restringiu o transporte de aves e proibiu a caça na região, por pelo menos três semanas. Nesta semana, o vírus H5N1 foi confirmado em animais da Nigéria – o primeiro caso de contaminação pela gripe aviária no continente africano. O H5N1 já matou pelo 80 pessoas em todo o mundo desde seu primeiro surto, em 2003. A maioria das vítimas é do Sudeste Asiático.