Publicado Sábado, 24 de Agosto de 2019 às 11:32, por: CdB
Ator norte-americano trabalha há 27 anos para o grupo ambiental Conservation International, que apoia cientistas de todo o mundo no trabalho para identificar e superar as ameaças à biodiversidade.
Por Redação, com Agências Internacionais - de São Franciso
O ator e ativista climático, Harison Ford, participou na última semana da Cúpula Global de Ação Climática, realizada em São Francisco, Califórnia, e deu um aviso: "Se não mudarmos o caminho que trilhamos agora, o futuro da humanidade está ferrado". Ford, 76 anos, disse ainda que é preciso parar de dar poder a quem não acredita na ciência.
Harison Ford trabalha há 27 anos para o grupo ambiental Conservation International, que apoia cientistas de todo o mundo
Harison Ford trabalha há 27 anos para o grupo ambiental Conservation International, que apoia cientistas de todo o mundo no trabalho para identificar e superar as ameaças à biodiversidade.
- É preciso eleger líderes que acreditam na ciência - disse.
- Podemos colocar painéis solares em todas as casas, podemos transformar cada carro em um veículo elétrico, mas, se Sumatra queima, teremos falhado. Enquanto as grandes florestas da Amazônia forem cortadas e queimadas, enquanto as terras protegidas dos povos indígenas forem invadidas, enquanto as zonas úmidas e os pântanos forem destruídos, nossas metas climáticas permanecerão fora de alcance. E nós estaremos fora do tempo - disse Ford.
- Parem, pelo amor de Deus, de difamar a ciência! Parem de dar poder a pessoas que não acreditam em ciência, ou pior que isso, fingem que não acreditam em ciência por interesse próprio. Eles sabem quem eles são. Nós sabemos quem eles são - disse Harison Ford.
‘Pusilânime e covarde’
Demitido da direção do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) Ricardo Galvão disse, em julho deste ano, que o presidente Jair Bolsonaro teve uma atitude “pusilânime e covarde” ao acusar a instituição de mentir sobre o desmatamento na Amazônia. E, mais uma vez, Bolsonaro voltou a afirmar que “há uma propaganda negativa do Brasil”.
Osório Galvão já havia rebatido, no sábado 20, as críticas de Bolsonaro que o acusou de mentir sobre os dados referentes ao desmatamento e atuar a serviço de uma ONG.
— A questão do Inpe, eu tenho a convicção que os dados são mentirosos, e nós vamos chamar aqui o presidente do Inpe para conversar sobre isso, e ponto final nessa questão — disse Bolsonaro, na véspera.
Bolsonaro, na tentativa de embasar a polêmica decisão de demitir o diretor do Inpe, chegou a afirmar que Galvão estaria “a serviço de alguma ONG”. Segundo o mandatário, os dados crescentes de desmatamento não condizem com a realidade.