Hélio Ferraz é o novo presidente do Flamengo

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Publicado Segunda, 14 de Outubro de 2002 às 19:55, por: CdB

O empresário Hélio Paulo Ferraz, 55 anos, é o novo presidente do Flamengo. O candidato da "Chapa Verde" derrotou o advogado Júlio Gomes, da "Chapa Branca", e o atual presidente do Conselho Fiscal do clube, Delair Dumbrosck, da "Chapa Amarela", nas eleições desta segunda-feira, no ginásio Hélio Maurício, na sede da Gávea. Helinho deverá assumir o cargo na quinta-feira em substituição a Gilberto Cardoso Filho, que reassumirá a presidência do Conselho Deliberativo. Até as 22h30 desta segunda-feira, apenas os votos de uma das três urnas utilizadas haviam sido contabilizados, com vitória esmagadora de Hélio Ferraz, que recebeu 449 votos, contra 275 de Julio Gomes e 172 de Delair Dumbrosck. No total, 1998 flamenguistas votaram na eleição para presidente. Apesar de faltarem ainda duas urnas, a vitória de Helinho já foi reconhecida pelo próprio Julio Gomes. Em todas as pesquisas de boca de urna Hélio Ferraz deixou para trás seus adversários - 52% dos votos, contra 29% de Júlio Gomes e 19% de Delair Dumbrosck. Em entrevista à Rádio Tupi, Julio Gomes reconheceu sua derrota, a quarta na tentativa de se eleger presidente do Flamengo. "Nunca mais vou tentar o cargo. Só lamento que o Hélio tenha ganho. Não por ele, mas pelas pessoas que estão por trás dele. Foram eles que começaram a afundar o Flamengo", comentou Gomes. Hélio Ferraz entrou na disputa fortalecido pelo apoio de Zico, dos ex-presidentes Márcio Braga e Kleber Leite, do ex-vice-jurídico do clube, Michel Assef, além de Radaméz Lattari, ex-técnico da Seleção Brasileira masculina de vôlei e seu vice na chapa. Super Helinho, como ficou conhecido em 1989, quando concorreu a uma vaga no Senado, vai exercer um mandato-tampão até dezembro de 2003. No dia 8 de julho, Edmundo Santos Silva foi deposto do cargo numa reunião do Conselho Deliberativo, que alegou improbidade administrativa para justificar o impeachment, até então fato inédito na história dos grandes clubes do futebol brasileiro. O novo presidente rubro-negro vai herdar uma dívida de R$ 250 milhões. 44% desse valor é relativo a débitos com o Governo, 14% a dívidas trabalhistas, outros 14% a salários e direitos de imagem de ex-jogadores, 11% a débitos com passes de atletas, 8% ao shopping que não foi construído, outros 8% a fornecedores e 1% a bancos. Cerca de dois mil eleitores compareceram ao pleito, que começou às 8h e só terminou às 21h.

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